Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/8309
Registro completo de metadados
Campo Dublin Core | Valor | Idioma |
---|---|---|
dc.contributor.advisor | Santos Júnior, Reginaldo Cordeiro dos | pt_BR |
dc.contributor.author | Nascimento, Ester Delabrida | - |
dc.date.accessioned | 2025-09-15T20:41:21Z | - |
dc.date.available | 2025-09-15T20:41:21Z | - |
dc.date.issued | 2025 | pt_BR |
dc.identifier.citation | NASCIMENTO, Ester Delabrida. Gravidez na adolescência para além da moralidade burguesa: expressões da questão social, patriarcado e serviço social. 2025. 55 f. Monografia (Graduação em Serviço Social) - Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2025. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/8309 | - |
dc.description.abstract | O estudo analisa a gravidez na adolescência a partir de uma perspectiva crítica, tomando como referência as categorias da questão social, do patriarcado e da reprodução social. Parte-se da compreensão de que a gravidez precoce não pode ser reduzida a escolhas individuais, mas deve ser interpretada como expressão de um contexto histórico, social e estrutural, marcado por desigualdades de classe, gênero, raça e território. Para isso, foram mobilizados referenciais teóricos de autores como Iamamoto, Yazbek, Saffioti, Martins e Lukács, bem como definições legais estabelecidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que delimitam a adolescência como uma fase de transformações biológicas, emocionais e sociais. A pesquisa adota metodologia exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa e quantitativa, além da análise de dados estatísticos, fundamentada em revisão bibliográfica de livros, artigos e legislações, e dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC/DATASUS). Essa estratégia metodológica possibilitou articular contribuições teóricas e normativas com a realidade empírica, permitindo compreender tanto a incidência da gravidez na adolescência quanto suas determinações sociais. Os resultados evidenciam que a gravidez precoce, especialmente em contextos de vulnerabilidade, resulta da ausência ou fragilidade de políticas públicas, da insuficiência da educação sexual e do acesso limitado a métodos contraceptivos, fatores que reforçam a culpabilização moral das adolescentes e perpetuam ciclos de exclusão social. Observa-se ainda que a estrutura patriarcal atribui à mãe adolescente a responsabilidade exclusiva pela maternidade, reforçando estigmas e invisibilizando o papel masculino, o que amplia as desigualdades. Além disso, valores morais, estigmas sociais e a precariedade dos serviços de saúde atuam para restringir a autonomia e as oportunidades dessas adolescentes. Nesse cenário, o Serviço Social se apresenta como campo de atuação central para o enfrentamento do problema, por ter como fundamentos a defesa dos direitos sociais e a construção de estratégias de intervenção que promovam cidadania e equidade. A atuação profissional, orientada por princípios ético políticos, deve articular políticas de saúde, educação e assistência social, de modo a oferecer suporte integral às adolescentes, reconhecendo suas singularidades e potencializando a construção de projetos de vida autônomos. Conclui-se que a gravidez na adolescência é uma realidade atravessada por desigualdades históricas e estruturais e que exige um olhar crítico e interdisciplinar. Seu enfrentamento demanda políticas públicas efetivas, educação sexual emancipatória e práticas profissionais comprometidas com a garantia de direitos e com a transformação social. | pt_BR |
dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
dc.subject | Gravidez na adolescência | pt_BR |
dc.subject | Patriarcado | pt_BR |
dc.subject | Serviço social | pt_BR |
dc.title | Gravidez na adolescência para além da moralidade burguesa : expressões da questão social, patriarcado e serviço social. | pt_BR |
dc.type | TCC-Graduação | pt_BR |
dc.rights.license | Este trabalho está sob uma licença Creative Commons BY-NC-ND 4.0 (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/?ref=chooser-v1). | pt_BR |
dc.contributor.referee | Santos Júnior, Reginaldo Cordeiro dos | pt_BR |
dc.contributor.referee | Mesquita, Adriana de Andrade | pt_BR |
dc.contributor.referee | Gonçalves, Tatiane Katielle Cardoso | pt_BR |
dc.description.abstracten | This study analyzes teenage pregnancy from a critical perspective, taking as reference the categories of the social question, patriarchy, and social reproduction. It is based on the understanding that early pregnancy cannot be reduced to individual choices, but must be interpreted as an expression of a historical, social, and structural context marked by inequalities of class, gender, race, and territory. For this purpose, theoretical references from authors such as Iamamoto, Yazbek, Saffioti, Martins, and Lukács were used, as well as legal definitions established by the Statute of Children and Adolescents (ECA) and by the World Health Organization (WHO), which define adolescence as a phase of biological, emotional, and social transformations. The research adopts an exploratory and descriptive methodology, with a qualitative and quantitative approach, based on a bibliographic review of books, articles, and legislation, as well as the analysis of statistical data from the Live Birth Information System (SINASC/DATASUS). This methodological strategy made it possible to articulate theoretical and normative contributions with empirical reality, allowing an understanding of both the incidence of teenage pregnancy and its social determinations. The results show that early pregnancy, especially in contexts of vulnerability, stems from the absence or fragility of public policies, insufficient sexual education, and limited access to contraceptive methods — factors that reinforce the moral blaming of adolescents and perpetuate cycles of social exclusion. Furthermore, the patriarchal structure assigns the adolescent mother the exclusive responsibility for maternity, reinforcing stigmas and making the male role invisible, which deepens inequalities. Moral values, social stigmas, and the precariousness of health services also act to restrict adolescents’ autonomy and opportunities. In this scenario, Social Work emerges as a central field of action to address the problem, since it is grounded in the defense of social rights and in the construction of intervention strategies that promote citizenship and equity. Professional practice, guided by ethical-political principles, must articulate health, education, and social assistance policies in order to offer comprehensive support to adolescents, recognizing their singularities and strengthening the construction of autonomous life projects. It is concluded that teenage pregnancy is a reality crossed by historical and structural inequalities and requires a critical and interdisciplinary perspective. Addressing this issue demands effective public policies, emancipatory sexual education, and professional practices committed to guaranteeing rights and social transformation. | pt_BR |
dc.contributor.authorID | 18.1.3241 | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Serviço Social |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
MONOGRAFIA_GravidezAdolescênciaMoralidade.pdf | 719,86 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens na BDTCC estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.