Avaliação da autodepuração e qualidade da água no rio Maracujá, analisando a influência do distrito de Cachoeira do Campo - MG.

Abstract

A bacia do rio Maracujá compreende uma série de nascentes, sendo as principais, as do Córrego Cipó, Caxambu e Arranchador que compõem mais à jusante o rio Maracujá, contido na bacia do rio das Velhas, localizada no Complexo do Bação, Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais. Um aspecto relevante devido a sua localização, é que favoreceu o desenvolvimento econômico da região, pela atividade mineraria de topázio imperial e como aporte para a agropecuária no município de Ouro Preto. O objetivo do trabalho é diagnosticar o processo de autodepuração do rio e os impactos ambientais do distrito de Cachoeira do Campo que pertence ao município de Ouro Preto, no rio Maracujá e em seu entorno, uma vez que inexiste um sistema de tratamento de esgoto e ações voltadas para o bem-estar da sociedade, foram feitos levantamentos bibliográficos e análises in situ para a avaliação na área estudada, com medições do oxigênio dissolvido (OD), e demanda bioquímica de oxigênio (DBO), compreendendo o percurso do rio de montante à jusante do perímetro urbano de Cachoeira do Campo. A partir desses dados avaliou-se que o rio possui um alto potencial de autodepuração à jusante do perímetro urbano de Cachoeira do Campo, mas não justifica a ausência de uma estação de tratamento de esgoto (ETE) na região, uma vez que o esgoto lançado no corpo d’água diretamente causa diversos impactos, tanto na saúde da população quanto na bacia hidrográfica do rio.