Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/8041
Título: Evolução tectonomagmática das rochas máficas tonianas da Bacia Macaúbas : atualizações e revisão.
Autor(es): Oliveira, Mayele Lacerda de
Orientador(es): Souza, Maria Eugênia Silva de
Santos, Cláudia dos
Membros da banca: Souza, Maria Eugênia Silva de
Marques, Rodson de Abreu
Costa, Alice Fernanda de Oliveira
Palavras-chave: Tectônica
Petrogênese
Geoquímica
Geologia isotópica
Magmatismo
Data do documento: 2025
Referência: OLIVEIRA, Mayele Lacerda de. Evolução tectonomagmática das rochas máficas tonianas da Bacia Macaúbas: atualizações e revisão. 2025. 127 f. Monografia (Graduação em Engenharia Geológica) - Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2025.
Resumo: O Supergrupo Macaúbas registra a evolução da bacia homônima, precursora do Orógeno Araçuaí, marcada por uma história policíclica com dois estágios de rifteamento sobrepostos no tempo e no espaço. O primeiro, de idade Toniana, corresponde a um aulacógeno preenchido por uma sequência vulcanossedimentar cuja gênese foi associada a LIP Bahia–Gangila. O segundo, separado do anterior por uma descontinuidade regional e datado do Criogeniano, inclui importantes depósitos glaciogênicos relacionados ao evento global snowball Earth e evoluiu para uma margem passiva parcialmente oceânica. Assim, a Bacia Macaúbas teria se desenvolvido como um golfo parcialmente ensiálico a norte, conectado ao Oceano Adamastor a sul, com registros de crosta oceânica. O rifte Toniano apresenta características típicas de riftes continentais, com depósitos siliciclásticos, vulcanossedimentares e magmatismo plutônico-vulcânico bimodal. Esse expressivo magmatismo inclui a Formação Planalto de Minas, composta por rochas máficas com fácies vulcânicas subaéreas a subaquosas atípicas, como pillow lavas, brechas, disjunções poliedrais, clastos fluidais e diques de epidossito. Apesar de os dados geoquímicos e isotópicos indicarem origem mantélica para esse magmatismo, a natureza incomum das fácies vulcânicas e seu contexto tectonomagmático ainda são pouco discutidos. A reavaliação dos dados geoquímicos disponíveis na literatura permitiu discutir essas particularidades e os efeitos da atuação de uma LIP sobre crosta continental resistente, já que o rifte Toniano da Bacia Macaúbas não culminou na ruptura da litosfera. Os dados geoquímicos indicam fontes mantélicas enriquecidas para parte do magmatismo, com assinaturas do tipo E-MORB, graus variados de contaminação crustal e diferenças na profundidade e nos processos de fusão. Além disto, outros magmatismos correlatos indicam fontes crustais, marcando, provavelmente, segmentos mais espessos da paleolitosfera, como ombreiras e altos estruturais do sistema rifte. Esse magmatismo anorogênico do Toniano Inferior (c. 965–870 Ma) provavelmente reflete múltiplos estágios tectonomagmáticos de um evento extensional do tipo rifte intracontinental, acompanhado e impulsionado por uma mesma LIP, cuja origem pode refletir a existência de uma pluma mantélica de longa duração.
Resumo em outra língua: The Macaúbas Supergroup records the evolution of the homonymous basin, precursor to the Araçuaí Orogen, marked by a polycyclic history with two temporally and spatially overlapping rifting stages. The first, of Tonian age, corresponds to an aulacogen filled by a volcanosedimentary sequence whose genesis has been associated with the Bahia–Gangila LIP. The second, separated from the former by a regional unconformity and dated to the Cryogenian, includes significant glaciogenic deposits related to the global Snowball Earth event and evolved into a partially oceanic passive margin. Thus, the Macaúbas Basin would have developed as a partially ensialic gulf to the north, connected to the Adamastor Ocean to the south, with records of oceanic crust. The Tonian rift shows typical features of continental rifts, with siliciclastic and volcanosedimentary deposits, as well as bimodal plutonic–volcanic magmatism. This expressive magmatism includes the Planalto de Minas Formation, composed of mafic rocks with atypical subaerial to subaqueous volcanic facies, such as pillow lavas, breccias, polyhedral joints, fluidal clasts, and epidosite dikes. Although geochemical and isotopic data indicate a mantle origin for this magmatism, the unusual nature of the volcanic facies and its tectonomagmatic context are still poorly discussed. A re-evaluation of the geochemical data available in the literature allowed for a discussion of these particularities and of the effects of a LIP acting upon a resistant continental crust, since the Tonian rift of the Macaúbas Basin did not culminate in lithospheric breakup. The geochemical data indicate enriched mantle sources for part of the magmatism, with E-MORB-type signatures, varying degrees of crustal contamination, and differences in melting depth and processes. In addition, other related magmatic events indicate crustal sources, probably marking thicker segments of the paleolithosphere, such as rift shoulders and structural highs. This anorogenic magmatism of the Lower Tonian (ca. 965–870 Ma) likely reflects multiple tectonomagmatic stages of an intracontinental rifting event, both accompanied and driven by the same LIP, whose origin may reflect the existence of a long-lived mantle plume.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/8041
Aparece nas coleções:Engenharia Geologica

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
MONOGRAFIA_EvoluçãoTectonomagmáticaRochas.pdf3,71 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens na BDTCC estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.