Síndrome de Burnout em alunos de graduação das universidades federais de ensino superior.

Abstract

Este estudo investigou a incidência da Síndrome de Burnout em alunos de graduação de instituições federais de ensino superior, com foco nas dimensões de exaustão emocional, despersonalização e baixo sentimento de realização. Utilizou-se um questionário MBI para avaliar os níveis de Burnout entre os estudantes. Os resultados revelaram que a incidência do Burnout tende a aumentar conforme os alunos avançam nos períodos acadêmicos, atingindo um pico nos 4º e 8º períodos. A leve redução nos níveis de Burnout nos períodos finais pode estar associada à adaptação dos alunos ou à evasão daqueles que não suportam a pressão acadêmica. Além disso, foi observada uma correlação entre dificuldades financeiras e maior exaustão emocional, indicando que a insegurança financeira pode agravar os efeitos negativos do ambiente acadêmico sobre a saúde mental. Estudantes que moram em repúblicas ou sozinhos apresentaram níveis mais elevados de Burnout, sugerindo que a falta de suporte social e o isolamento aumentam os sintomas da síndrome. Por outro lado, aqueles que residem com familiares apresentaram menor incidência de Burnout, destacando a importância do apoio emocional. As áreas de formação também influenciam os níveis de Burnout, sendo mais elevados em cursos de Ciências Sociais Aplicadas, Exatas e Humanas. Conclui-se que políticas institucionais voltadas à saúde mental dos alunos são essenciais para minimizar os efeitos da Síndrome de Burnout.