Familismo e educação : o trabalho de assistentes sociais com famílias na educação básica.

Abstract

A presente pesquisa tem como temática central o trabalho de assistentes sociais com famílias no âmbito da política de educação básica. A pesquisa centrou-se na identificação dos desafios e possibilidades do trabalho de assistentes sociais frente à tendência familista. Os objetivos específicos foram: a) recuperar a perspectiva defendida pelo Projeto Ético-Político para o trabalho de assistentes sociais com famílias na educação básica; b) identificar a(s) perspectiva(s) do trabalho da categoria com famílias a partir dos artigos publicados nas revistas A1, A2 e Serviço Social & Realidade (UNESP); c) contribuir para o trabalho profissional de assistentes sociais na política de educação básica, comprometidas com os direitos sociais, centradas na participação popular e combativas à tendência familista. Para tanto, realizamos uma pesquisa bibliográfica, com ênfase quantiqualitativa, a partir da leitura e análise de artigos publicados em revistas A1, A2 e B3 (definido pelo Qualis CAPES 2017/2020) que versam sobre o trabalho de assistentes sociais na política de educação básica. Sendo as seguintes revistas: (A1) Revista Katálysis; (A2) Emancipação; (B3) Serviço Social & Realidade (UNESP). Os resultados da pesquisa confirmam que, majoritariamente, assistentes sociais inseridos na educação básica têm orientado o trabalho com famílias alinhado a um ecletismo teórico e vinculadas a diversos projetos profissionais. Portanto, reproduzindo práticas conservadoras, burocratizantes, moralistas, permeadas pela noção da ajuda e sob os limites estabelecidos à política de educação e interesses institucionais. Em contrapartida, identificamos experiências profissionais que se articulam com a defesa de um trabalho de assistentes sociais com famílias, alinhado ao Projeto Ético-Político, logo, combativo à tendência familista.