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Título: Petrografia e geoquímica das zonas mineralizadas do depósito IOCG Paulo Afonso, Província Carajás, Cráton Amazônico.
Autor(es): Neves, Rafaella de Araújo
Orientador(es): Melo, Gustavo Henrique Coelho de
Paula, Fernando de Castro
Membros da banca: Melo, Gustavo Henrique Coelho de
Tazava, Edison
Ribeiro, Brener Otávio Luís
Palavras-chave: Metalogenia
Cisalhamento
Cobre
Geoquímica
Data do documento: 2024
Referência: NEVES, Rafaella de Araújo. Petrografia e geoquímica das zonas mineralizadas do depósito IOCG Paulo Afonso, Província Carajás, Cráton Amazônico. 2024. 84 f. Monografia (Graduação em Engenharia Geológica) - Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2024.
Resumo: O depósito de óxido de ferro-cobre-ouro (IOCG) Paulo Afonso está localizado ao longo da Zona de Cisalhamento Cinzento (ZCC), na Província Carajás (Cráton Amazonas). Ele é hospedado principalmente por rochas graníticas, nas quais as estruturas, texturas e mineralogia primárias se mostram preservadas em locais de menor deformação e menos hidrotermalizados. Setores com intensa deformação são marcados por milonitos, nas proximidades da zona de cisalhamento associados a alteração hidrotermal. A descrição macroscópica e os estudos microscópicos permitiram caracterizar a zona mineralizada do depósito Paulo Afonso e detalhar a assembleia mineral e texturas do minério. De modo geral, os estágios incluem zonas de alteração sódica (albita) e silicificação, seguida por alteração ferro-potássica (biotita+magnetita) e alteração cálcica (actinolita±albita±epidoto), que envelopa as zonas mineralizadas. A mineralização é marcada pela presença de calcopirita-magnetita associada a uma alteração rica em actinolita-clorita-epidoto-allanita-apatita e pode ser observada ao longo da extensão dos testemunhos em dois padrões distintos: mineralização disseminada, maciça e brechas, controladas por um regime mais dúctil; e mineralização associada a veios, controlada por estruturas rúpteis, com zonas bruscas que cortam a rocha hospedeira. Nos dois padrões de mineralização, além da presença da calcopirita e magnetita, a associação mineralógica ainda contém pirita e pirrotita, que são mais abundantes no segundo padrão. A mineralização no depósito está sempre associada a um alto grau de alteração hidrotermal e sulfetação, e essas zonas geralmente se mostram intensamente deformadas. Os intervalos de zonas mineralizadas (Cu>2.000 ppm) mostram correlação positiva de S, Sn, Co, Fe, Au, Zn e P. Isso pode ser atribuído à formação de minerais como calcopirita (CuFeS2), pirita (FeS2) e pirrotita (Fe(1-x)S), bem como ao estágio principal de mineralização cuprífera, que apresenta semelhanças com a classe de depósitos IOCG e possivelmente está relacionado à reativação da ZCC. O controle estrutural do depósito é bastante significativo, onde a zona de cisalhamento teve um papel essencial na evolução do depósito.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/6791
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