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dc.contributor.advisorHorst, Cláudio Henrique Mirandapt_BR
dc.contributor.authorAlves, Luisa Duarte Torres-
dc.date.accessioned2024-02-21T12:51:27Z-
dc.date.available2024-02-21T12:51:27Z-
dc.date.issued2024pt_BR
dc.identifier.citationALVES, Luísa Duarte Torres. Neoconservadorismo, familismo e a responsabilização das mulheres nas políticas sociais no governo Bolsonaro.. 2024. 84 f. Monografia (Graduação em Serviço Social) - Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2024.pt_BR
dc.identifier.urihttp://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/6483-
dc.description.abstractO presente trabalho de conclusão de curso tem como objetivo geral analisar os anais dos Congressos Brasileiros de Assistentes Sociais ocorridos no período do governo Bolsonaro (2019-2022), a fim de identificar, na produção do conhecimento, a intensificação do familismo e da responsabilização das mulheres nas políticas sociais. Como objetivos específicos delimitamos: 1) Refletir sobre o avanço do neoconservadorismo no Brasil a fim de demonstrar o impacto para as famílias e as mulheres da classe trabalhadora; 2) Analisar, a partir da perspectiva da Teoria da Reprodução Social, a gênese e o desenvolvimento da opressão das mulheres e da construção social da família; 3) Analisar os artigos dos anais do Congresso Brasileiro de Assistente Social nos anos de 2019 e 2022, a fim de demonstrar a responsabilização das mulheres; 4) Contribuir para o enfrentamento à responsabilização das famílias e das mulheres no exercício profissional de Assistentes Sociais. Trata-se de pesquisa bibliográfica, com ênfase qualitativa, cujos dados foram analisados a partir da técnica da análise de conteúdo, ancorado no materialismo histórico dialético. Uma das principais conclusões sinalizam que o debate acerca do familismo, trata-se, sobretudo, da responsabilização das mulheres, encarregadas pela reprodução social e biológica. Assim, políticas sociais possuem caráter paliativo e residual, delegam a oferta de proteção social ao mercado e a entidades privadas não comerciais, como a família — o que compreendemos como familismo — e, particularmente, as mulheres. O familismo do governo Bolsonaro, por sua vez, não se limita apenas a uma negligência estatal ao transferir responsabilidades, mas sim de um plano de governo anti-feminista, misógino. Assim, conforme identificamos na pesquisa, a família é formalmente designada como entidade central de garantia da proteção social a partir do ensejo à meritocracia, ao empoderamento e à autonomia, visando alcançar uma suposta autossuficiência familiar e isentar completamente o Estado da oferta de serviços públicos e estatais. Portanto, os artigos revelam que a proteção social ofertada pela extrema direita, no recente contexto ultraliberal, são implementadas com o objetivo elementar da preservação das funções sociais conservadoras de gênero, visando a garantia da reprodução social e sem a oferta de serviços sociais mínimos pelo Estado, que protegem as famílias e as mulheres.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectFamílias - Pesquisapt_BR
dc.subjectMulheres - estatuto legal - leispt_BR
dc.subjectConservadorismopt_BR
dc.titleNeoconservadorismo, familismo e a responsabilização das mulheres nas políticas sociais no governo Bolsonaro.pt_BR
dc.typeTCC-Graduaçãopt_BR
dc.contributor.refereeRoza, Isis Silvapt_BR
dc.contributor.refereeTitoneli, Anna Karolyna Lopespt_BR
dc.contributor.refereeHorst, Cláudio Henrique Mirandapt_BR
dc.description.abstractenThe present undergraduate thesis aims to analyze the proceedings of the Brazilian Congresses of Social Workers that took place during the Bolsonaro government period (2019-2022), with the overall goal of identifying, within the knowledge production, the intensification of familism and the increased responsibility of women in social policies. The specific objectives are delineated as follows: 1) Reflect on the advancement of neoconservatism in Brazil to demonstrate its impact on working-class families and women; 2) Analyze, from the perspective of the Theory of Social Reproduction, the genesis and development of the oppression of women and the social construction of the family; 3) Examine the articles from the Brazilian Congress of Social Workers proceedings in the years 2019 and 2022 to demonstrate the increased responsibility placed on women; 4) Contribute to addressing the accountability of families and women in the professional practice of Social Workers. This is a bibliographic research with a qualitative emphasis, and the data were analyzed using the content analysis technique, anchored in dialectical historical materialism. One of the main conclusions indicates that the debate about familism primarily revolves around the accountability of women, who are tasked with social and biological reproduction. Thus, social policies have a palliative and residual nature, delegating the provision of social protection to the market and non-commercial private entities, such as the family — what we understand as familism — and, particularly, women. The familism of the Bolsonaro government, however, goes beyond mere state negligence in transferring responsibilities; it represents an anti-feminist, misogynistic government agenda. As identified in the research, the family is formally designated as the central entity ensuring social protection by promoting meritocracy, empowerment, and autonomy, aiming to achieve supposed family self-sufficiency and completely exempt the state from offering public and governmental services. Therefore, the articles reveal that the social protection offered by the far-right, in the recent ultraliberal context, is implemented with the primary goal of preserving conservative gender social functions, ensuring social reproduction, and without the provision of minimum social services by the state that would protect families and women.pt_BR
dc.contributor.authorID19.2.3177pt_BR
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