Transição para uma economia verde : a atuação dos bancos centrais, instituições financeiras e o caso do Brasil.

Abstract

O aumento de gases de efeito estufa na atmosfera, com ação direta antropogênica, vem causando eventos climáticos desastrosos, gerando prejuízos à biodiversidade e à economia. Atualmente o que se discute é como os bancos centrais devem atuar nos estímulos à transição verde, no que se refere a coordenar incentivos, regulação, supervisão e refletir os riscos climáticos nas operações de políticas monetárias. Uma maneira de combater os efeitos das mudanças climáticas é realizar a transição para uma economia mais verde. Os bancos centrais têm o papel de regular e supervisionar a política monetária e gerenciar os riscos do sistema financeiro. Visto isso, os bancos centrais de países como França, Alemanha e China já estão atuando de maneira intensiva, a fim de garantir a estabilidade financeira, buscando mitigar os riscos físicos, de transição e de responsabilidade. No que se refere ao contexto brasileiro sobre as mudanças climáticas, o Brasil tem muitas oportunidades em sua economia para passar pela transição de uma maneira eficiente, mas apresenta estagnação visto a posição confortável. É necessário e estratégico que o Banco Central atue de forma política no gerenciamento dos efeitos climáticos, monitorando e controlando os riscos, pois a transição leva anos e pode ocorrer o surgimento de novos setores e o declínio de outros. Assim, para que a transição à economia verde ocorra, será necessário cooperação dos países, bancos centrais, sistema financeiro e sociedade, para que haja colaboração transparência, redefinição dos parâmetros e ações públicas direcionadas.