Relações entre indicadores socioeconômicos e incidência criminal na região intermediária de Belo Horizonte.

Abstract

A conexão entre crime e economia é extensamente examinada na esfera acadêmica. Diversas pesquisas têm demonstrado que indivíduos que confrontam desafios como pobreza, desemprego, educação precária e outras formas de desvantagens socioeconômicas estão mais propensos a se envolver em atividades criminosas. No contexto brasileiro, a criminalidade se manifesta com índices elevados, especialmente em áreas urbanas, apresentando taxas de violência e homicídios notavelmente acima da média global. De acordo com o Atlas da Violência 2021, o país registrou 45.503 homicídios em 2019, com uma taxa de 21,7 homicídios a cada 100 mil habitantes. Embora haja ocorrido reduções em relação a anos anteriores, o Brasil permanece ainda entre as nações com as mais altas taxas de homicídios mundialmente. Em certas regiões, a população enfrenta dificuldades essenciais, como escassez de alimentos, carência de moradia e déficits em saneamento básico. Este trabalho tem como objetivo principal destacar quais variáveis podem exercer influência significativa na criminalidade na Região Intermediária de Belo Horizonte.