Utilização de óleos essenciais como prática integrativa complementar para o controle de náuseas e vômitos em gestantes : uma revisão integrativa da literatura.

Abstract

Ao longo de todo o período gestacional, ocorrem diversas mudanças comportamentais e físicas na mulher, no qual há aumento das mamas e de outros órgãos, ansiedade, além de náuseas e vômitos, cuja causa desses sintomas ainda é desconhecida. A Aromaterapia por inalação de óleos essenciais (extraído de plantas) é uma das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde que têm se mostrado promissora no tratamento de náuseas e vômitos gestacionais. Diante desse cenário, este estudo tem por objetivo discutir sobre a utilização da aromaterapia diante dos sintomas de náuseas e vômitos em gestantes. Para isso, foram selecionados ensaios clínicos randomizados através da estratégia de busca “pregnancy AND (aromatherapy OR essential oil) AND (nausea OR vomiting OR morning sickness)”, nos últimos 10 anos, com gestantes saudáveis, com nenhum ou mais de um filho, em idade gestacional entre 6 e 20 semanas, que não utilizavam qualquer tipo de remédios antieméticos antes e/ou durante a intervenção, que utilizaram a aromaterapia para redução de náuseas e vômitos. As bases de dados utilizadas foram SCIELO, PubMed e LILACS. Analisou-se 47 artigos seguindo os parâmetros de busca e, de acordo com os critérios de elegibilidade, foram selecionadas 5 pesquisas. Verificou-se que a utilização dos óleos de limão, hortelã-pimenta, gengibre e limão, ou lavanda e hortelã-pimenta, na posologia de 2-3 gotas diluídos à 10% em óleo de amêndoa doce (óleo carreador), pingados em um algodão e submetidos à inalação com distanciamento de 1-3 centímetros do nariz, sendo inspirado 3 vezes e repetindo após 5 minutos, se necessário, pode-se reduzir significativamente a gravidade de náuseas e vômitos, resultando em uma melhora na qualidade de vida da gestante. Além disso, essa prática é considerada não invasiva, de baixo custo e segura, se utilizada de maneira correta. Conclui-se que são necessários introduzir estudos sobre aromaterapia em gestantes no Brasil, a fim de consolidar sua utilização como prática complementar a ser utilizada com segurança no Sistema Único de Saúde.