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http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/5829
Título: | Os batuques do silêncio : patrimônio e educação quilombola no município de Mariana (Minas Gerais) : uma análise transecular. |
Autor(es): | Martins, Vittor Policarpo Souza |
Orientador(es): | Antunes, Álvaro de Araújo Fonseca, Janete Flor de Maio |
Membros da banca: | Antunes, Álvaro de Araújo Fonseca, Janete Flor de Maio Teixeira, Ângelo de Oliveira Gomes |
Palavras-chave: | Quilombos Quilombismo Devir quilombola Educação quilombola Pedagogia das encruzilhadas |
Data do documento: | 2023 |
Referência: | MARTINS, Vittor Policarpo Souza. Os batuques do silêncio: patrimônio e educação quilombola no município de Mariana (Minas Gerais): uma análise transecular. 2023. 122 f. Monografia (Graduação em História) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2023. |
Resumo: | Mariana, a primaz de Minas, é um dos marcos da história colonial brasileira e atualmente considerada um dos grandes patrimônios nacionais. Em decorrência disso, a narrativa hegemônica sobre o patrimônio marianense exclui, estruturalmente, a herança deixada por africanos escravizados, negros aforriados, quilombolas e afrodescendentes no território; estes sendo colocados sempre a margem, quando não invisivilizados. Assim, a resultante deste processo é uma lacuna na formação das identidades de pessoas negras e quilombolas no presente, dilema este que denominamos como “devir quilombola”. Com isso, trouxemos um breve histórico sobre as comunidades quilombolas no Brasil, com enfoque em Minas Gerais, analisando como o discurso colonial moldou o termo africano kilombo, conforme interesses políticos. Dessa maneira, analisamos também como a própria historiografia, perpetuando o discurso colonial, corrobora com o apagamento sistemático da história dos movimentos quilombolas no Brasil. Ao final, realizamos uma breve análise sobre a educação escolar quilombola e propomos uma prática anti-racista através de ações pautadas no quilombismo e na pedagogia das encruzilhadas, objetivando valorizar as histórias das pessoas negras que ocuparam e ocupam massivamente os espaços presentes na região mineradora. Pensamos que a historiografia pode servir-se dela no âmbito de uma reflexão teórica na qual decolonizar suas práticas e alargar seus horizontes éticos e epistêmicos, de modo a incorporar os saberes tradicionais e novas lentes de análise, em uma perspectiva transdisciplinar, pode contribuir para a construção de novas epistemologias. |
Resumo em outra língua: | Mariana, the primaz of Minas Gerais, is one of the landmarks of brazilian colonial history and currently considered one of the great national heritage sites. As a result, the hegemonic narrative about Mariana's heritage, structurally, excludes the heritage left by enslaved Africans, Afrobrazilians, quilombolas and Afrodescendants in the territory; these being always placed on the margins, when not invisibilized. Thus, the result of this process is a gap in the formation of the identities of black people and quilombolas in the present, a dilemma that we call “devir quilombola”. With this, we brought a brief history about quilombola communities in Brazil, focusing on Minas Gerais, analyzing how the colonial discourse shaped the African term kilombo, according to political interest. In this way, we also analyze how historiography itself, perpetuating the colonial discourse, corroborates with the systematic erasure of the history of quilombola movements in Brazil. In the end, we carry out a brief analysis of quilombola school education and propose an anti-racist practice through actions based on quilombismo and the pedagogy of the crossroads, aiming to value the stories of black people who occupied and massively occupy the spaces present in the mining region. We believe that historiography can use it in the context of a theoretical reflection in which decolonizing its practices and broadening its ethical and epistemic horizons, in order to incorporate traditional knowledge and new lenses of analysis, in a transdisciplinary perspective, can contribute to the construction of new epistemologies. |
URI: | http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/5829 |
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