Análise da absorção de energia de estruturas similares as longarinas automotivas com a adesão de reforço polimérico quando submetidas a teste de colisão.

Abstract

Com o aumento do número de veículos transitando nas vias, o indicie de acidentes vem aumentando cada dia mais e, consequentemente, o número de óbitos no trânsito também. Longarinas são elementos estruturais responsáveis por absorver energia em caso de colisões frontais. O presente trabalho teve o intuito de analisar a influência da aplicação de revestimento interno de borracha natural em longarinas automotivas na absorção de energia em situações de colisão. A adição de um revestimento polimérico no interior das longarinas visa aumentar a absorção de energia durante a compressão nessas ocorrências. O trabalho tem caráter qualitativo e quantitativo e para a sua elaboração foi realizada uma pesquisa exploratória, bibliográfica e experimental, foram determinados os materiais e métodos necessários para a realização dos ensaios e com auxílio de equipamentos e softwares adequados, foi possível coletar e analisar os dados obtidos. Para a produção dos corpos de prova foram utilizadas chapas de aço SAE 1006 unidas por meio de soldagem a ponto por resistência elétrica com condições de soldagem previamente definidas. A fim de avaliar a influência da resposta da longarina com revestimento polimérico foram realizados ensaios de colisão, para os quais seis amostras foram produzidas, sendo três sem revestimento e três com revestimento. O ensaio de colisão foi realizado por meio de um martelo em queda livre com energia potencial de 3898,6J. Os testes foram registrados com o auxílio de uma câmera de alta velocidade, modelo Phantom Miro 110, as imagens foram capturadas com resolução de 256 x 552 e a 10.000 frames por segundo. Para as análises de deslocamento, velocidade e aceleração de deformação da longarina foi utilizado o software da PCC (Phantom Camera Control), então, os resultados obtidos foram tratados estatisticamente. Apesar de todas as longarinas terem sido produzidas considerando as mesmas condições, a resposta em deformação foi distinta para algumas, visto que, as longarinas denominadas 1B e 2C deformaram se, predominantemente, na região inferior (sentido de colisão de cima para baixo) e as demais longarinas (1A, 1C, 2A e 2B) deformaram se, predominantemente, na região superior. Apesar dessa divergência no modo de deformação, os resultados sugerem que a borracha natural não contribuiu, significativamente, na absorção de energia das longarinas em situação de colisão. Embora os resultados obtidos não tenham sido os esperados, a literatura sugere que os materiais poliméricos podem contribuir na absorção de energia, portanto, estudos a acerca de interações desses materiais e aços devem ser estudados a fim de aumentar a absorção de energia de estruturas veiculares, consequentemente, contribuir para segurança.