Diálogo sobre finitude : relato de experiência.

Abstract

Conversar sobre finitude e planejamento avançado de cuidados, incluindo desejos, preferências e prognóstico, de maneira precoce, com pacientes com doenças em estágio avançado, tem impactos positivos no fim de vida, sendo um ponto importante para o fornecimento de cuidados de qualidade. Considerando o primeiro nível de entrada e assistência, a Atenção Primária à Saúde tem papel fundamental nos cuidados de fim de vida. Esse trabalho apresenta duas experiências vivenciadas em uma unidade básica de saúde, de Ouro Preto-MG, com pessoas em cuidados paliativos e discuti sobre aspectos da formação em comunicação em fim de vida e a importância da utilização de ferramentas para esse fim, durante a Residência de Medicina de Família e Comunidade. A ideia da morte ainda é considerada um tabu, e é um dos maiores desafios. Foi possível verificar a necessidade de maior treinamento e espaços de reflexão sobre esse tema durante a formação. Além de tornar conversas sobre morte e questões de fim de vida habituais tanto para o profissional, quanto para paciente e família, verifica-se a relevância da implementação de estratégias e instrumentos que auxiliem no treinamento de habilidades de comunicação pelo residente na prática clínica, assim como para identificação dos pacientes que podem se beneficiar de cuidados paliativos na APS e realização de planejamento de cuidados, de maneira sistemática e padronizada.