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Título: Automedicação durante a pandemia da Covid-19 : um estudo em duas cidades de médio porte de Minas Gerais.
Autor(es): Germano, Arícia Mafalda
Orientador(es): Nascimento, Renata Cristina Rezende Macedo do
Paula, Waléria de
Membros da banca: Nascimento, Renata Cristina Rezende Macedo do
Paula, Waléria de
Binda, Nancy Scardua
Sabião, Thais da Silva
Palavras-chave: Medicamentos - utilização
Brasil
COVID-19 - Pandemia
Automedicação
Data do documento: 2023
Referência: GERMANO, Arícia Mafalda. Automedicação durante a pandemia da Covid-19: um estudo em duas cidades de médio porte de Minas Gerais . 2023. 78. Monografia (Graduação em Farmácia) - Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2023.
Resumo: Introdução: A automedicação é a prática de utilizar medicamentos sem o acompanhamento e/ou aconselhamento de um profissional qualificado, o que pode acarretar sérios prejuízos para a saúde. Objetivos: Determinar a prevalência da prática de automedicação na população residente em Ouro Preto e Mariana, Minas Gerais, durante a pandemia da covid-19. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico de delineamento transversal, com amostra estratificada e por conglomerado, composta por residentes dos municípios de Ouro Preto e Mariana, cidades históricas brasileiras. A coleta de dados ocorreu entre os meses de outubro e dezembro de 2020, por meio de entrevistas conduzidas por uma equipe previamente treinada. O questionário foi composto por questões sociodemográficas, estilos de vida e condições de saúde. No presente estudo, foram considerados elegíveis os particicpantes que faziam uso de pelo menos um medicamento, sendo a variável desfecho o uso de medicamentos por automedicação. O banco de dados foi armazenado e codificado no software Excel® e posteriormente realizaram-se a análise de consistência e peso amostral no programa STATA 13.0. Foi realizada análise descritiva por proporções; estatística bivariada, pelo teste qui quadrado de Pearson; e análise multivariada porregressão de Poisson para verificar possíveis associações entre a variável desfecho e asvariáveis explicativas. Foram mantidas no modelo final todas as variáveis com valor p <0,050.O projeto obteve aprovação ética e consentimento de todos os participantes. Resultados: Ao todo, 1.294 participantes relataram uso de medicamentos, 42,55% correspondeu a indivíduos do sexo masculino e 57,45% correspondeu a indivíduos do sexo feminino. A mediana de idade foi de 50 anos e vale ressaltar que a prevalência da prática de automedicação foi de 31,95%. Observou-se que aqueles com idade entre 18 a 44 anos (RP 3,29/IC95% 1,81-5,98) e 45 a 59 anos (RP 2,27/IC 95% 1,14-4,52), que autorrelataram doenças do coração (RP 2,04/ IC 95% 1,32-3,15), depressão (RP 2,02/ IC 95% 1,09-3,75) e hipo/hipertireoidismo (RP 2,33/ IC 95% 1,30-4,17) apresentaram maior prevalência da prática de automedicação. Os medicamentos mais citados por automedicação foram os da classe dos analgésicos e antipiréticos, sendo que 40,91% dos medicamentos citados não eram de venda livre. Conclusão: Durante a pandemia da covid-19 a prática da automedicação pode ter se intensificado devido ao isolamento social e ao menor acesso aos serviços de saúde. Campanhas de conscientização para o uso de medicamentos de modo seguro e racional devem ser realizadas, pois o uso incorreto pode acarretar graves consequências para os tratamentos individuais e para a saúde pública.
Resumo em outra língua: Background: Self-medication is the practice of using medication without the supervision and/or advice of a qualified professional, which can cause serious damage to health. Objectives: The aim of this study is to assess the frequency of self-medication among residents of Ouro Preto and Mariana, Minas Gerais during the COVID-19 pandemic, as well as identify the most commonly used medications. In English, use capital COVID-19. Methods: This is an epidemiological cross-sectional study, with a stratified and cluster sample, consisting of residents of the municipalities of Ouro Preto and Mariana, historic Brazilian cities. Data collection took place between October and December 2020, through interviews conducted by a previously trained team. The questionnaire was composed of sociodemographic questions, lifestyles and health conditions. In the present study, the participants who used some medication were considered a valid sample, with the outcome variable being the use of medication by selfmedication. The database was stored and coded inExcel® software and later the consistency and sample weight were performed using the STATA 13.0 program. Descriptive analysis by proportions was performed; bivariate statistics, by Pearson's chi-square test; and multivariate analysis by Poisson regression to verify possible associations between the outcome variable and the explanatory variables. All variables with p-value <0.050 were maintained in the final model. The project obtained ethical approval and consent from all participants. Results: In all, 1294 participants reported medication use, 42,55% corresponded to male individuals and 57,45% corresponded to female individuals. The median age was 50 years and it is noteworthy that the prevalence of self-medication was 31,95%. It was observed that those aged 18 to 44 years (PR 3.29/CI95% 1.81-5.98) and 45 to 59 years (PR 2.27/CI 95% 1.14-4.52), who self-reported heart disease (PR 2.04/CI 95% 1.32-3.15), depression (PR 2.02/CI 95% 1.09-3.75) and hypo/hyperthyroidism (PR 2 .33/CI 95% 1.30-4.17), presented a higher prevalence of selfmedication. The drugs most cited for self-medication were those of the analgesic and antipyretic class, with 40.91% of the drugs cited not being over-the-counter. Conclusion: During the covid19 pandemic, the practice ofself-medication may have intensified due to social isolationand less access to health services. Awareness campaigns for promote the rational and safe use of medicines should be carried out, as incorrect use can lead to serious consequences for individual treatments and public health.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/5388
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