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http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/5366
Título: | O microRNA como biomarcador no diagnóstico do câncer de bexiga. |
Autor(es): | Lourenço, Gabriel da Silva |
Orientador(es): | Silva, Glenda Nicioli da |
Membros da banca: | Silva, Glenda Nicioli da Brandão, Geraldo Célio Pereira, Isadora Oliveira Ansaloni |
Palavras-chave: | MicroRNAs Bexiga - câncer Câncer - diagnóstico |
Data do documento: | 2023 |
Referência: | LOURENÇO, Gabriel da Silva. O microRNA como biomarcador no diagnóstico do câncer de bexiga. 2023. 43 f. Monografia (Graduação em Farmácia). Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2023. |
Resumo: | O câncer de bexiga é a nona maior causa de morte por câncer no mundo, vitimando centenas de milhares de pessoas por ano. Seu diagnóstico é difícil, pois, seu principal sinal clínico, a hematúria, é extremamente inespecífica. Ao mesmo tempo, o câncer atingir o estágio de invasão tecidual, que leva à hematúria, é um sinal de tumores de alto grau. Silencioso em seus estágios iniciais, o carcinoma de células uroteliais se torna uma doença de diagnóstico demorado e com grande chance de ocorrência de metástases e recidivas. O microRNA é um constituinte do genoma não-codificante capaz de regular a síntese proteica em nível pós-transcricional, silenciando ou induzindo a degradação de RNA mensageiros. A expressão de microRNA é basal em todos os tipos celulares, ao passo que o perfil de expressão é particular a cada um. Centenas de microRNAs diferentes já foram identificados e classificados em famílias e subfamílias, além de também poderem se encontrar unidos em clusters. O conjunto de microRNAs produzidos em uma célula se torna uma característica exclusiva a ela, de acordo com suas próprias funções metabólicas. Investigações dos mecanismos moleculares do câncer revelaram que o miRNA desempenha um papel importante nesta doença, estando pontualmente desregulado e tendo uma participação direta na mediação de processos de invasão tecidual e divisão celular. A presente revisão narrativa investigou os microRNAs particularmente desregulados em cânceres de bexiga a partir de trabalhos da literatura, com o intuito de formar um painel de biomarcadores para o diagnóstico mais precoce da doença. A investigação levantou dados pertinentes que corroboram para a conclusão das pesquisas que vem sendo feitas nesta área: a de que os microRNA podem ser utilizados para identificar indivíduos com câncer de indivíduos sem câncer. Além disso, há dados suficientes para que o microRNA possa estar associado, também, a gravidade tumoral, nível de invasão tecidual e diferenciação celular. Concluiu-se que, dentre todos os microRNAs analisados, os miR-125b, miR-143, miR-150, miR-503, miR-93, miR-145 e miR-200b mostraram-se com excelente potencial para diagnóstico e avaliação prognóstica do câncer de bexiga. Esses microRNA, e outros, precisam ser mais investigados para que mais dados possam ser obtidos, confirmando ou refutando o que foi descoberto até agora. Contudo, não é apenas a identificação de biomarcadores o único obstáculo para o diagnóstico precoce do câncer de bexiga. São muitos os microRNA com potencial para identificar doenças, não apenas o câncer. E, com exceção de biópsias, todas as amostras podem apresentar, também, os microRNA de outros tecidos. Por isso, é imprescindível que estes dados sejam computados em um banco de dados, e que ferramentas de informática sejam desenvolvidas para utilizá-los. Também é necessário desenvolver um método de análise molecular próprio para análise de microRNA, com uma amostra padronizada. Há muitas pesquisas engajadas na solução destes problemas, e o uso de microRNA para o diagnóstico de doenças é uma possibilidade real para o futuro. |
Resumo em outra língua: | Bladder cancer is the ninth leading cause of cancer death in the world, killing hundreds of thousands of people every year. Its diagnosis is difficult because its main clinical sign, hematuria, is extremely nonspecific. At the same time, the cancer reaching the stage of tissue invasion, which leads to hematuria, is a strong sign of high-grade tumor. Silent in its initial stages, urothelial cell carcinoma becomes a disease with a time consuming diagnosis and with a high chance of metastasis and recurrences. MicroRNA is a constituent of the non-coding genome, capable of regulating protein synthesis at the post-transcriptional level, silencing or inducing degradation of messenger RNA. MicroRNA expression is basal in all cell types, whereas the expression profile is particular to each one. Hundreds of different microRNAs have already been identified and classified into families and subfamilies, in addition to being found united in clusters. The set of microRNAs produced in a cell becomes an exclusive characteristic of it, according to its own metabolic functions. Investigations of the molecular mechanisms of cancer revealed that miRNA plays an important role in this disease, being specifically deregulated and having a direct participation in mediating processes of tissue invasion and cell division. A survey of studies that investigated the particularly dysregulated microRNAs in bladder cancer was carried out, with the aim of forming a panel of biomarkers for the earlier diagnosis of the disease. The investigation raised relevant data that corroborate the conclusions of other researches in this filed: that microRNAs can be used to identify individuals with cancer from individuals without cancer. In addition, there are enough data to believe that microRNA can also assess tumor severity, level of tissue invasion and cell differentiation. It was concluded that, among all the analyzed microRNAs, miR-125b, miR-143, miR-150, miR-503, miR-93, miR-145 and miR-200b showed excellent potential for diagnosis and prognostic evaluation of the bladder cancer. These microRNAs, and others, need to be further investigated so that more data can be obtained, confirming or refuting what has been discovered so far. However, the identification of biomarkers is not the only obstacle to the early diagnosis of bladder cancer. There are many microRNAs with the potential to identify diseases, not just cancer. And, with the exception of biopsies, all samples may also show microRNAs from other tissues. Therefore, it is essential that these data are computed in a database, and that softwares are developed to use them. It is also necessary to develop a molecular analysis method specific for microRNA analysis, with a standardized sample. There is a lot of research engaged in solving these problems, and the use of microRNA for the diagnosis of diseases is a real possibility for the future. |
URI: | http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/5366 |
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