Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/5114
Título: Desenvolvimento de nanopartículas poliméricas incorporadas com miconazol e revestidas com acido hialurônico destinadas ao tratamento de candidíase vulvovaginal recorrente.
Autor(es): Amaro, Lorrane Jenifer Ferreira
Orientador(es): Silva, Gisele Rodrigues da
Teixeira, Aniely dos Reis
Membros da banca: Almeida, Juliana Cristina dos Santos
Del-Bello, Cristiane
Silva, Gisele Rodrigues da
Teixeira, Aniely dos Reis
Palavras-chave: Nanopartículas
Nanoprecipitação
Ácido hialurônico
Miconazol
Data do documento: 2022
Referência: AMARO, Lorrane Jenifer Ferreira. Desenvolvimento de nanopartículas poliméricas incorporadas com miconazol e revestidas com acido hialurônico destinadas ao tratamento de candidíase vulvovaginal recorrente. 2022. 42 f. Monografia (Graduação em Farmácia) - Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.
Resumo: A candidíase vulvovaginal recorrente é uma infecção fúngica que acomete mulheres diariamente, independente de classe social e econômica. Fatores como gravidez, uso de antibiótico frequente e imunocomprometimento são condições que podem contribuir para a ocorrência do fungo e que, quando reincidente, aumenta as chances de resistência fúngica, levando a redução da eficácia das terapias medicamentosas existentes. Tal infecção é tratada através da administração de antifúngicos das classes do imidazol, triazol e polieno, incorporados em diferentes formas farmacêuticas. Entretanto os antifúngicos de via oral podem trazer efeitos colaterais sistêmicos e os de via tópica não induzem a penetração e retenção eficiente do fármaco na vagina. Diante do exposto, com o intuito de viabilizar novas terapias para a candidíase vulvovaginal recorrente, nanopartículas de poli(Ɛ­caprolactona) (PCL) contendo miconazol (MN) e revestidas de ácido hialurônico (AH) foram elaboradas. As nanopartículas foram desenvolvidas por nanoprecipitação e revestidas através da técnica de adsorção de superfície. As nanopartículas foram caracterizadas por diâmetro hidrodinâmico médio, índice de polidispersão (PDI) e potencial zeta. A formulação foi submetida ao processo de revestimento por AH em diferentes concentrações que variaram de 0,1 a 3% p/v. As nanopartículas produzidas apresentaram tamanho de partículas próximo a 200 nm, PDI em torno de 0,3 e potencial zeta de cerca de ­33 mV. O diâmetro inferior a 300 nm é compatível a aplicações sob mucosas sem que danos sejam causados. Valores de PDI inferiores a 0,3 indicam homogeneidade do tamanho das partículas, garantindo estabilidade da formulação. Valores de potencial zeta superiores a 30 mV promovidos por carga superficial de mesmo módulo são ideais para repelir as nanopartículas, garantindo estabilidade. Estas nanopartículas foram revestidas usando AH na concentração de 0,5 mg/mL utilizando a técnica de adsorção. Foi realizado o teste de estabilidade durante o primeiro, 7, 14 e 30 dias, o qual não apresentou diferenças estatísticas significativas (p < 0,05) e também foi realizado o estudo de eficiência de encapsulação o qual resultou­se 92,54% e 84,56% para nanoesferas de miconazol (NSMN) e nanoesferas de miconazol revestidas com ácido hialurônico (NSMN+AH) respectivamente. Por fim a atividade antifúngica das formulações foi avaliada frente a C. albicans através do método difusão em ágar, apresentando diâmetro de 13 e 12 mm, respectivamente, confirmando a atividade antifúngica. Conclui­se, portanto, que as nanopartículas a base de PCL contendo miconazol e revestidas por AH foram desenvolvidas e apresentaram propriedades físico­químicas adequadas para tratar topicamente a candidíase vulvovaginal recorrente.
Resumo em outra língua: Recurrent vulvovaginal candidiasis is a fungal infection that affects women daily, regardless of social and economic class. Factors such as pregnancy, frequent use of antibiotics and immunocompromise are conditions that can contribute to the occurrence of the fungus and that, when recurrent, increases the chances of fungal resistance, leading to a reduction in the effectiveness of existing drug therapies. Such an infection is treated through the administration of antifungals of the imidazole, triazole and polyene classes, incorporated in different pharmaceutical forms. However, oral antifungals can bring systemic side effects and topical ones do not induce efficient penetration and retention of the drug in the vagina. Given the above, with the aim of making new therapies feasible for recurrent vulvovaginal candidiasis, nanoparticles of poly(Ɛcaprolactone) (PCL) containing miconazole (MN) and coated with hyaluronic acid (HA) were prepared. The nanoparticles were developed by nanoprecipitation and coated using the surface adsorption technique. The nanoparticles were characterized by mean hydrodynamic diameter, polydispersion index (PDI) and zeta potential. The formulation was subjected to the AH coating process at different concentrations ranging from 0.1 to 3% w/v. The produced nanoparticles presented particle size close to 200 nm, PDI around 0.3 and zeta potential of around 33 mV. The diameter of less than 300 nm is compatible with applications under mucous membranes without causing damage. PDI values lower than 0.3 indicate particle size homogeneity, ensuring formulation stability. Zeta potential values greater than 30 mV promoted by a surface charge of the same module are ideal for repelling nanoparticles, ensuring stability. These nanoparticles were coated using AH at a concentration of 0.5 mg/mL using the adsorption technique. The stability test was carried out during the first, 7, 14 and 30 days, which did not present statistically significant differences (p < 0.05) and the encapsulation efficiency study was also carried out, which resulted in 92.54% and 84 .56% for miconazole nanospheres (NSMN) and miconazole nanospheres coated with hyaluronic acid (NSMN+AH) respectively. Finally, the antifungal activity of the formulations was evaluated against C. albicans through the agar diffusion method, with a diameter of 13 and 12 mm, respectively, confirming the antifungal activity. It is concluded, therefore, that PCL-based nanoparticles containing miconazole and coated with HA were developed and showed adequate physicochemical properties to topically treat recurrent vulvovaginal candidiasis.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/5114
Aparece nas coleções:Farmácia

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
MONOGRAFIA_DesenvolvimentoNanopartículasPoliméricas.pdf1,2 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este item está licenciado sob uma Licença Creative Commons Creative Commons