Arquitetura como protagonista de uma cidade de manifestação : estudo de caso CURA e o uso de empenas cegas na cidade de Belo Horizonte.

Abstract

O presente trabalho buscou apresentar a Arte Urbana como uma solução para uma ambiência urbana cinza e hostil, que pouco dialoga com a população, principalmente a pobre e marginalizada. Para tal o texto faz um estudo de caso do festival CURA, apresentando suas edições, pinturas e os artistas participantes. Ao apresentar o CURA, o texto trata sobre a inclusão de marginalizados socialmente, como as mulheres, os negros, os homoxessuais e transexuais, entre outros, e sobre a importância de se ter estes expondo arte na cidade e fazendo com que outros se sintam pertencentes. Posteriormente o trabalho apresenta alguns termos importantes para a discussão, como o surgimento da Arte Urbana e também sobre o momento histórico que esta se torna uma arte de manifestação. Trata sobre o surgimento das empenas cegas, dentro do contexto capitalista que vivemos, e sobre o picho e o grafite, como estes surgem no Brasil e no mundo. Trata sobre a ascensão do grafite como mercadoria e do reforço do picho no local de marginalidade e sujeira urbana, tratando sobre as motivações para tal. Ao longo da discussão se constrói a ideia de uma cidade para pessoas e não para consumidores e trás a tona uma arte ainda mais potente, aquela que na sua construção, dialoga com as pessoas de forma pessoal, as incluindo na criação da arte. Como é uma arte que dialoga com a população, ajuda na construção de autoestima dentro de sociedades marginalizadas.