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Título: Análise da produção científica sobre saúde e povos indígenas brasileiros : um panorama a partir de 1988 em periódicos da área da saúde.
Autor(es): Oliveira, Érica Soares de
Orientador(es): Pereira, Rodrigo Pastor Alves
Membros da banca: Figueiredo, Adriana Maria de
Moebus, Ricardo Luiz Narciso
Pereira, Rodrigo Pastor Alves
Palavras-chave: Saúde de população indígenas
Publicações cientificas
Iniquidade em saúde
Mapeamento sistemático
Data do documento: 2022
Referência: OLIVEIRA, Érica Soares de. Análise da produção científica sobre saúde e povos indígenas brasileiros: um panorama a partir de 1988 em periódicos da área da saúde. 2022. 28 f. Monografia (Especialização em Medicina de Família e Comunidade) - Escola de Medicina, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.
Resumo: Este artigo busca identificar e categorizar a produção científica de periódicos da área da saúde sobre saúde dos Povos Indígenas Brasileiros a partir do ano de 1988. Tal recorte parte da constatação da iniquidade em saúde ofertada para essa população, que deve contemplar os princípios do SUS alinhados a um cuidado intercultural. Foi realizada uma revisão de escopo a partir de Descritores em Ciências da Saúde relacionados à saúde indígena nas bases de dados Lilacs e Scielo. Foram identificados 918 artigos, selecionados 244 para análise. Desses, 125 (50%) foram estudos Descritivos; 67 (27%) sobre Cultura, Saúde e Sociedade; e 52 (21%) relacionados à Políticas Públicas. Maior parte dos artigos foram realizados em etnias da região Norte. A primeira publicação sobre o tema ocorreu em 1994; há uma tendência de crescimento do número de publicações a partir de 2001, com destaque para o ano 2020 (27). Verificou-se um aumento da produção científica temporariamente relacionada à instalação de políticas públicas sobre o tema, principalmente a partir da instalação da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (2002). Apesar de metade das publicações referirema Estudos Descritivos, esses podem ser insuficientes para inferir a possibilidade de aplicação de medidas diagnósticas e terapêuticas para essa população. O conjunto dos estudos mostra também um incipiente acesso à saúde de qualidade dessa população, cuja mortalidade por causas evitáveis ainda se faz elevada. Nota-se, ademais, que 71% da produção científica na área de saúde indígena desse trabalho possui a concepção biomédica – presença de profissionais de saúde no território indígena e discussão de políticas públicas – que pode insinuar como um exercício do biopoder nessa relação. Conclui-se que o fortalecimento dos aparelhos democráticos sociais é essencial para a oferta de saúde intercultural de qualidade para os Povos Indígenas Brasileiros.
Resumo em outra língua: This article seeks to identify and categorize the scientific production of health journals on the health of Brazilians’ indigenous peoples from 1988 onwards. This clipping is based on the finding of inequity in health offered to this population, which must include the principles of the SUS aligned with intercultural care. A scoping review was carried out based on Health Science Descriptors related to indigenous health in the Lilacs and Scielo databases. 918 articles were identified, 244 were selected for analysis. Of these, 125 (50%) were Descriptive studies; 67 (27%) on Culture, Health and Society; and 52 (21%) related to Public Policies. Most of the articles were carried out in ethnic groups from the North region. The first publication on the subject took place in 1994; there is a trend of growth in the number of publications from 2001 onwards, with emphasis on the year 2020 (27). There was an increase in scientific production temporarily related to the installation of public policies on the subject, mainly from the installation of the National Policy for Health Care for Indigenous Peoples (2002). Although half of the publications refer to Descriptive Studies, these may be insufficient to infer the possibility of applying diagnostic and therapeutic measures for this population. The set of studies also shows an incipient access to quality health care for this population, whose mortality from preventable causes is still high. It is also noted that 71% of the scientific production in the area of indigenous health in this work has the biomedical concept - presence of health professionals in the indigenous territory and discussion of public policies - which can insinuate as an exercise of biopower in this relationship. It is concluded that the strengthening of social democratic apparatus is essential for the provision of quality intercultural health to Brazilian Indigenous Peoples.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/4577
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