Análise da estação de tratamento de esgoto do município de Pimenta - MG.

Abstract

O saneamento básico contribui no controle de diversas doenças prejudiciais à saúde humana. Dentre os serviços que compõe o saneamento básico, o esgotamento sanitário é de extrema importância, pois afeta a qualidade dos corpos hídricos é um vetor de doenças, além de ser uma obrigação legal. Porém, nem todos os municípios mineiros possuem estação de tratamento de esgoto, e os que possuem, no geral necessitam de melhorias para processos mais eficientes de tratamento e monitoramento. Este trabalho apresenta uma análise da eficiência da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) do município de Pimenta, localizado as margens do reservatório de Furnas, importante manancial para as atividades turísticas, econômicas, geração de energia e para a qualidade de vida das populações que vivem no entorno do lago. Para a pesquisa foram avaliadas as análises de qualidade do efluente, os projetos de concepção e instalação da ETE, realizadas visitas técnicas no local, reuniões com os responsáveis pela gestão e operação da ETE, além de pesquisa bibliográfica sobre os sistemas de tratamento utilizados. Os resultados das análises apresentaram valores dentro dos limites exigidos pela Resolução CONAMA 430/2011, porém, inferior aos valores de remoção de matéria orgânica esperados pelo memorial descritivo. Apesar das análises apresentarem valores aceitáveis para o lançamento do esgoto tratado no corpo hídrico receptor, foi possível identificar que a qualidade final do efluente pode apresentar melhoras com o aperfeiçoamento do tratamento preliminar e a construção de um tratamento preliminar à montante da elevatória final de esgotos. O que também melhoraria a operação da ETE e reduziria os trabalhos de manutenção das etapas de tratamento. Pode-se observar ainda a necessidade de conscientização da população, tendo em vista que o não conhecimento da população sobre o tratamento de esgoto faz com que as instalações de esgotamento sanitário sejam utilizadas de maneira incorreta para o direcionamento de águas pluviais e a deposição de diferentes resíduos sólidos que acabam por prejudicar a qualidade final e dificultar a operação da ETE.