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Título: Caracterização petrográfica e de química mineral do Corpo Canta Galo e xistos verdes associados da região de Itacambira-Bocaiúva, centro-norte de Minas Gerais.
Autor(es): Monteiro, Ricardo do Couto e Silva
Orientador(es): Queiroga, Gláucia Nascimento
Martins, Maximiliano de Souza
Membros da banca: Queiroga, Gláucia Nascimento
Castro, Marco Paulo de
Souza, Maria Eugênia Silva de
Palavras-chave: Petrografia
Magmatismo
Química mineral
Data do documento: 2022
Referência: MONTEIRO, Ricardo do Couto e Silva. Caracterização petrográfica e de química mineral do Corpo Canta Galo e xistos verdes associados da região de Itacambira-Bocaiúva, centro-norte de Minas Gerais. 2022. 80 f. Monografia (Graduação em Engenharia Geológica) - Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.
Resumo: Na região de Itacambira-Bocaiúva, um novo registro de um magmatito félsico foi o ponto de partida para este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Localizada na porção central da Serra do Espinhaço, na parte externa do Orógeno Araçuaí e encaixado em rochas do embasamento cristalino do Complexo Porteirinha e das formações Resplandecente e Planalto de Minas, o Corpo Canta Galo é uma rocha de granulação grossa a muito grossa, quartzo-feldspática, com grandes cristais euédricos a subédricos de microclina sobre uma matriz rica em quartzo de granulação mais fina, que apresenta ainda enclaves máficos e xenólitos de metarenito estratificado e de filitos. Os xistos verdes, possíveis crono-correlatos do Corpo Canta Galo, apresentam granulação fina a muito fina, microestrutura nematolepidoblástica, sendo compostos por clorita + actinolita + plagioclásio + epidoto ± quartzo. A paragênese desta rocha de origem máfica aliada às feições protolíticas da rocha félsica e dos metarenitos da Formação Resplandecente indicam recristalização sob fácies xisto verde. Análises microquímicas no feldspato potássico corroboram a composição pobre em sódio e cálcio enquanto as análises nos plagioclásios dos xistos verdes mostram composição albítica muito homogênea (An1,2-2,9), reafirmando a sua recristalização em fácies xisto verde. Análises termométricas levando em consideração o diagrama ternário dos feldspatos indicam temperaturas de formação da microclina em torno de 875ºC e da albita entre 750 e 800ºC. Para a microclina, este intervalo de temperatura está perfeitamente condizente com uma cristalização magmática, já que o cristal parece não ter sido afetado pelo metamorfismo de baixo grau. Para a albita, entretanto, a temperatura encontrada não representa a cristalização ígnea, visto que os plagioclásios do protólito deveriam ser mais cálcicos (andesina ou labradorita) e nem representam a recristalização metamórfica, estando muito acima do intervalo esperado para a fácies xisto verde. Para esses casos, métodos termométricos ou geotermobarométricos robustos devem ser considerados. Com relação à uma correlação geotectônica regional, registros de rochas máficas de idade Toniana são encontrados tantos no Brasil quanto na África. No continente africano também estão bem registradas rochas félsicas deste período. Entretanto, na contraparte brasileira do sistema orogênico Araçuaí – Oeste Congo, somente o granitoide do tipo-A de Salto da Divisa, datado em cerca de 875 Ma, representa o magmatismo ácido bimodal da abertura da Bacia Macaúbas. Assim, o Corpo Canta Galo passa a ter uma importância no cenário de reconstituição bacinal. Análises U-Pb e Lu-Hf futuras são sugeridas.
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