Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/4022
Título: Distribuição de elementos potencialmente tóxicos e caracterização ambiental da porção mineira da bacia hidrográfica do rio Jequitinhonha.
Autor(es): Ronque, Jéssica Moraes
Orientador(es): Fujaco, Maria Augusta Gonçalves
Leite, Mariangela Garcia Praça
Marques, Eduardo Duarte
Membros da banca: Costa, Adivane Terezinha
Leão, Lucas Pereira
Fujaco, Maria Augusta Gonçalves
Palavras-chave: Geoquímica ambiental
Bacias hidrográficas
Sedimentos - geologia
Indicadores ambientais
Sedimentos de corrente
Data do documento: 2022
Referência: RONQUE, Jéssica Moraes. Distribuição de elementos potencialmente tóxicos e caracterização ambiental da porção mineira da bacia hidrográfica do rio Jequitinhonha. 2022. 120 f. Monografia (Graduação em Engenharia Geológica) - Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.
Resumo: As bacias hidrográficas constituem unidades territoriais essenciais para o planejamento e gerenciamento ambiental. Nesse sentido, a bacia hidrográfica do rio Jequitinhonha possui uma área extensa (70.315 km2), estando presente nos estados de Minas Gerais (majoritariamente) e Bahia, apresentando muitas heterogeneidades em relação às suas características geológicas, climáticas, vegetacionais, geomorfológicas e até mesmo hidrológicas. Este trabalho apresenta um estudo ambiental do setor mineiro da bacia, subdividida em Alto Jequitinhonha, Rio Araçuaí e Médio-Baixo Jequitinhonha. Com base em dados de estações pluviométrica e fluviométricas da Agência Nacional de Ágias (ANA), foram analisadas séries históricas de pluviosidades, vazões e sedimentos em suspensão. Adicionalmente foram integrados dados temporais de uso e Ocupação (do Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo do Brasil – MapBiomas). Visando compreender a influência da interferência mútua entre diferentes agentes, foram utilizados dados de sedimentos de corrente de drenagens de 1ª e 2ª ordem, analisados por ICP-OES e ICP-MS e cedidos pela CPRM (Serviço Geológico do Brasil), a partir dos quais calculou-se os intervalos de background de elementos potencialmente tóxicos (EPT) – As, Co, Cr, Cu, Mn, Mo, Ni, Pb, U, Zn –, utilizando as técnicas Tukey’s Inner Fence (TIF) e Median ± 2*Median Absolute Deviation (mMAD) e, a partir disso, foram gerados mapas de distribuição espacial desses elementos, identificando pontos de concentração anômalas e comparando estes valores aos limiares de nível 2 da CONAMA 344/2004 (a partir do qual prevê-se um provável efeito adverso à biota) e aos valores de concentração média crustal (Mean Upper Crust Concentration – UCC). Os dados de sedimentos foram utilizados também para serem calculados índices ambientais (Fator de Enriquecimento, Fator de Contaminação, Índice de Geoacumulação, Índice de Carga de Poluição, Potencial de Risco Ecológico, Grau de Contaminação Modificado, Índice de Poluição e Índice de Poluição Modificado). A partir dos dados temporais, foi possível identificar que a partir de 2006 o Médio-Baixo Jequitinhonha passou a ter reduções na sua vazão provocadas pela atividade de uma UHE instalada na região de Grão Mogol (localizada ainda no Alto Jequitinhonha). Somado a isso, aquele setor, dominantemente sob o clima semiárido, foi também o que mais sofreu reduções de pluviosidade nesse período, tornando-o mais frágil a contaminações, visto que a capacidade de autodepuração no sistema foi reduzida. O mapeamento dos EPT permitiu notar que as concentrações mais elevadas e anomalias ocorrem em litologias nas quais há tendência desses elementos apresentarem teores maiores. Foi possível também identificar que, com exceção dos elementos Mn, Mo e U, a região do Rio Araçuaí é a maior concentradora de pontos com valores anômalos da bacia, possivelmente devido às litologias do Grupo Macaúbas. O Mn apresentou concentrações superiores ao background no setor do Araçuaí mas as mais elevadas estão situadas no final do Médio-Baixo Jequitinhonha, bem como os pontos de maior enriquecimento/contaminação/poluição pelos índices ambientais, sobre as litologias do Complexo Jequitinhonha. O U teve as maiores concentrações e os maiores valores de índices ambientais situados no centro-oeste do Médio-Baixo Jequitinhonha, sendo possível verificar semelhança dessa localização com as Supersuítes G2, G3 e G5. Não foi possível se associar as anomalias de Mo a alguma litologia específica, visto que elas se encontraram bem disseminadas na área de estudo. Os índices multielementares possibilitaram indicar as regiões dos municípios mais afetados por contaminações/poluições por EPT, quais foram: entre Grão Mogol e Virgem da Lapa, região de Comercinho, ao norte de Couto Magalhães de Minas, em torno de Almenara e Jequitinhonha, ao norte de Padre Paraíso e região de Minas Novas.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/4022
Aparece nas coleções:Engenharia Geologica

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
MONOGRAFIA_DistribuiçãoElementosPotencialmente.pdf8,2 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este item está licenciado sob uma Licença Creative Commons Creative Commons