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Título: Os estigmas de ser cotista e não-brancos para alunos do curso de administração de uma instituição federal de ensino superior.
Autor(es): Santos, Andreia Moreira dos
Orientador(es): Saraiva, Carolina Machado
Membros da banca: Saraiva, Carolina Machado
Machado, Filipe Cabacine Lopes
Barbosa, Jane Kelly Dantas
Palavras-chave: Programas de ação afirmativa
Discriminação racial
Negros - identidade racial
Estigmatização
Data do documento: 2021
Referência: SANTOS, Andreia Moreira dos. Os estigmas de ser cotista e não-brancos para alunos do curso de administração de uma instituição federal de ensino superior. 2021. 43 f. Monografia (Graduação em Administração) - Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2021.
Resumo: As universidades brasileiras a princípio não foram instituídas com o propósito de atender à população não-branca. Os negros, pardos e indígenas universitários eram e ainda são “minorias”. Após a implantação das ações afirmativas no Brasil, pode-se perceber a redução da desigualdade e a inclusão dos não-brancos em maior número na academia pelo sistema de cotas com o recorte racial. Todavia, essa mudança na composição de cor e raça no ambiente acadêmico demonstra que as experiências vivenciadas por esses discentes nem sempre são positivas, pois o centro acadêmico como entidade social frequentemente tende a reproduzir práticas de racismo e discriminação contra os não-brancos, que os estigmatizam e tentam excluí-los. Desta forma, o presente estudo apresenta esses estigmas que foram atribuídos a esses discentes de uma Instituição Federal de Ensino Superior em Minas Gerais, por serem não-brancos e cotistas, pois percebe-se que pelo fato da pessoa ser negra ou parda já são estigmatizadas como inferiores aos brancos em QI, deduzem que sejam pobres e quando são cotistas esses estigmas se multiplicam, porque há também os estigmas das cotas, por serem alunos de escolas públicas, questionam sobre o conhecimento adquirido por esses discentes, são estigmatizados como incapazes por serem vistos como “favorecidos” para terem acesso à universidade, e tudo isso sucede por não apresentarem características físicas ou sociais parecidas com os grupos dominantes. A abordagem metodológica utilizada foi a qualitativa do tipo conclusivo descritivo. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas semiestruturadas, pela técnica bola de neve. Quanto à cor/raça, os alunos ou ex-alunos entrevistados se consideram negros(as) e pardos(as), cotistas e não cotistas. A partir dos relatos desses discentes, torna-se possível descrever as situações reais vivenciadas no contexto universitário após a instituição do sistema de cotas.
Resumo em outra língua: Brazilian universities were not established at first with the purpose of serving the non-white population. Blacks, browns and college indians were and still are "minorities". After the implementation of affirmative actions in Brazil, it can be seen the reduction of inequality and the inclusion of non-whites in greater numbers in the academy by the quota system with racial profiling. However, this change in the composition of color and race in the academic environment demonstrates that the experiences experienced by these students are not always positive, because the academic center as a social entity often tends to reproduce practices of racism and discrimination against non-whites, who stigmatize and try to exclude them. Thus, the present study presents these stigmas that were attributed to these students of a Federal Institution of Higher Education in Minas Gerais, because they are non-white and quota holders, because it is perceived that because the person is black or brown are already stigmatized as inferior to whites in IQ, they induce that they are poor and when they are quota holders these stigmas multiply, because there are also the stigmas of quotas, because they are students of public schools, question about the knowledge acquired by these students, are stigmatized as incapable because they are seen as "favored" to have access to the university, and all this is because they do not present physical or social characteristics similar to the dominant groups. The methodological approach used was descriptive conclusive qualitative approach. Data were collected through semi-structured interviews, using the snowball technique. Regarding color/race, the students or former students interviewed consider themselves black and brown, quota holders and non-quota holders. Based on the reports of these students, it is possible to describe the real situations experienced in the university context after the establishment of the quota system.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/3917
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