Estudo do tráfego e da viabilidade de dimensionamento de um pavimento ideal para o Campus Morro do Cruzeiro/ UFOP – Ouro Preto/MG.

Abstract

Utilizado com o intuito de propiciar aos usuários conforto ao se deslocar, e com o objetivo de resistir aos esforços resultantes do tráfego de veículos e do clima, o pavimento é um sistema de camadas sobre a superfície final da terraplanagem. Sendo o dimensionamento, portanto, um dos fatores que pode interferir no seu desempenho. Atualmente, no Brasil, é utilizado o método de dimensionamento empírico do DNER (1981). No entanto, evidenciou-se a necessidade de um método que considerasse o comportamento mecânico dos materiais presentes nas camadas e que simulasse a previsão de desempenho do pavimento durante sua vida de serviço. Assim, foi criado o novo método mecanístico-empírico que se encontra em fase de implementação no país, o método MeDiNa (2018). Nesse contexto, a presente pesquisa dedicou-se em dimensionar, a partir dos dois métodos citados, um revestimento ideal para o Campus Morro do Cruzeiro/UFOP, que seja compatível com o estudo de tráfego do local. Assim, utilizando a contagem volumétrica efetuada por Rodrigues (2018), foi possível realizar o cálculo do parâmetro “N”. Tendo como base os resultados da investigação das camadas do pavimento presente no Campus realizada por Faria et al. (2019), e empregando-os junto com o parâmetro “N” encontrado no ábaco do DNER (1981), dimensionou-se o pavimento pelo método empírico. A partir da aplicação do software MeDiNa, foi realizado o dimensionamento pelo método mecanístico-empírico, obedecendo os limites préestabelecidos por Franco e Motta (2020) de área de trincamento e deformação permanente. Assim, através do uso do ábaco e de cálculos, demonstrou-se que o pavimento dimensionado através do método do DNER (1981) necessita de uma espessura de revestimento de 5 cm, 15 cm de base, 10 cm de sub-base e 67 cm de subleito. Enquanto que, o software MeDiNa dimensionou uma estrutura com uma camada de revestimento de 10 cm, 20 cm de base e 20 cm de sub-base, considerando o subleito uma camada semi-infinita. Desse modo, verificou-se que o dimensionamento efetuado pelo novo método, software MeDiNa, colabora com a viabilidade a longo prazo e o pavimento tende a alcançar seu tempo de vida útil com maior segurança, gerando economia em relação à conservação da malha rodoviária.