Em hospitais também nascem flores.

Abstract

O trabalho busca evidenciar a importância dos relatos pessoais, mais especificamente das autobiografias, enquanto geradores de identificação e desconstrutores de estereótipos com relação ao câncer. Doenças não são aceitáveis socialmente e, dessa forma, discursos transmitidos pela mídia e pela sociedade reforçam, muitas vezes, informações equivocadas. Assim ocorre com as neoplasias e, para aqueles que convivem com elas, ter que lidar com preconceitos pode dificultar ainda mais o tratamento. Dessa forma, este trabalho pretende mostrar que a visão do paciente, além de mostrar sua versão do real e desmistificar questões, pode servir como apoio, principalmente, para aqueles que passam pelo mesmo. Sendo as autobiografias opções positivas na comunicação em saúde. Pensando nisso, o trabalho inclui uma autobiografia intitulada “Em hospitais também nascem flores”, que conta a minha história com relação à descoberta de um câncer em meio à pandemia da Covid-19. Da maneira mais sincera possível, relato meu processo até a descoberta do Linfoma de Hodgkin, passando pelo meu tratamento e também pelos desafios do pós câncer. O livro traz vivências que podem servir de apoio tanto para aqueles que enfrentam um desafio parecido quanto para qualquer um que se identifique de alguma forma.