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Título: Avaliação dos níveis séricos de vitamina D em mulheres na pós-menopausa em Ouro Preto, MG.
Autor(es): Diniz, Thaís Teixeira Silva
Orientador(es): Lima, Angélica Alves
Souza, Laura Alves Cota e
Membros da banca: Souza, Laura Alves Cota e
Silva, Nayara Nascimento Toledo
Gouvea, Thiago Magalhães
Lima, Angélica Alves
Palavras-chave: Síndrome metabólica
Vitamina D
Menopausa
Antropometria
Data do documento: 2021
Referência: DINIZ, Thaís Teixeira Silva. Avaliação dos níveis séricos de vitamina D em mulheres na pós-menopausa em Ouro Preto, MG. 2021. 60 f. Monografia (Graduação em Farmácia) - Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2021.
Resumo: Com o aumento da longevidade e da expectativa de vida da população feminina, modificações naturais do envelhecimento, como as alterações endócrinas, metabólicas e clínicas que acontecem após a menopausa, passam a ser cada vez mais experimentadas e podem afetar a qualidade e tempo de vida das mulheres. Neste contexto, torna-se relevante o estudo de marcadores, como a vitamina D, que têm suas concentrações séricas alteradas após a menopausa, pode estar associada à frequência e à intensidade de alterações comuns na pós-menopausa. Assim, o presente trabalho buscou avaliar os níveis séricos de vitamina D e verificar a associação desses níveis com medidas antropométricas, laboratoriais e clínicas em mulheres na pós-menopausa. Para tal, foram selecionadas 351 mulheres pós-menopáusicas residentes no município de Ouro Preto, MG. Foram realizadas entrevistas, coletas de sangue para avaliação bioquímica e hormonal, medidas antropométricas e de pressão arterial. Para as análises, os níveis séricos de vitamina D das participantes foram categorizados em quartis. Os resultados deste trabalho mostraram que os níveis médios de vitamina D das voluntárias variaram de 2,40 ng/mL a 58,95 ng/mL, com valor médio de 26,45±8,70 ng/mL. Para todos os parâmetros antropométricos avaliados, foram observados melhores resultados nas mulheres que possuíam níveis mais elevados de vitamina D. A análise estatística mostrou diferença significativa entre o primeiro (<20,9 ng/mL) e o quarto quartil (≥ 31 ng/mL) de vitamina D para peso (p=0,009), índice de massa corporal (p=0,005), porcentagem de gordura corporal (p=0,013), circunferência da cintura (p=0,002), relação cintura-estatura (p=0,006) e índice de conicidade (p=0,027). Em relação às variáveis laboratoriais, foram encontrados níveis significativamente mais elevados de HDLc (p=0,000) e valores significativamente mais baixos de triglicerídeos (p=0,002), insulina (p=0,021), e dos índices que avaliam a resistência à insulina, HOMA-IR (p=0,015) e QUICK (p=0,015), quando comparados o primeiro e o quarto quartil de vitamina D. Para pressão arterial e frequência de síndrome metabólica (SM) não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos. Contudo, foi observado que a maior parte das mulheres categorizadas no primeiro quartil de vitamina D foram classificadas como portadoras de SM (53,9%; n=41), enquanto a frequência de SM foi progressivamente inferior no segundo (44,4%; n=48), terceiro (47,4%; n=36) e quarto quartis (34,1%; n=31) (p=0,071). Os achados deste estudo mostraram que mulheres em pós-menopausa com níveis mais elevados de vitamina D apresentaram melhores parâmetros antropométricos e laboratoriais, bem como menor frequência de síndrome metabólica em relação às mulheres com níveis mais baixos dessa vitamina. Assim, os dados sugerem que a manutenção dos níveis de vitamina D em concentrações adequadas pode contribuir para a prevenção de alterações metabólicas que acontecem na pós-menopausa.
Resumo em outra língua: Given the increase in longevity and life expectancy of the female population, women increasingly experience natural aging changes that occur after menopause, which can affect their quality of life and life span. In this context, the study of markers, such as vitamin D, which have serum concentrations altered after menopause and may be related to the frequency and intensity of changes that are common at this phase, can help in the early diagnosis of morbidities and improve the quality of life of women. Thus, this study aimed to assess vitamin D levels in postmenopausal women and verify their association with anthropometric, biochemical, and clinical parameters. We selected 351 postmenopausal women from Ouro Preto/MG and then performed interviews, anthropometric, biochemical, and blood pressure measurements. For the analyses, we categorized the participants into quartiles according to their vitamin D levels. Our results showed that the mean levels of vitamin D in the participants were 26.45±8.70 ng/mL (varying from 2,40 ng/mL to 58,95 ng/mL). For all anthropometric parameters evaluated in this study, we found better results in women who had higher levels of vitamin D. The statistical analysis showed a significant difference between the first (<20.9 ng/mL) and the fourth quartile (≥ 31 ng/mL) for the weight (p=0.009), body mass index (p=0.005), body fat percentage (p=0.013), waist circumference (p=0.002), waist-to-status ratio (p=0.006), and conicity index (p=0.027). Regarding the biochemical and hormonal analyses, we also found higher levels of HDLc (p=0.000) and significantly lower levels of triglycerides (p=0.002), insulin (p=0.021), HOMA-IR (p=0.015), and QUICK (p=0.015), when the first quartile was compared to the fourth. For blood pressure and frequency of metabolic syndrome (MetS), we did not find significant differences between groups. However, we observed that most women categorized in the first quartile of vitamin D were classified as having MetS (53.9%; n=41), while the syndrome frequency was progressively lower in the second (44.4%; n=48), third (47.4%; n=36) and fourth quartiles (34.1%; n=31) (p=0.071). Our findings showed that postmenopausal women with higher levels of vitamin D had better anthropometric and laboratory parameters, as well as a lower frequency of metabolic syndrome, compared to women with lower levels of vitamin D. Thus, the maintenance of vitamin D levels in adequate concentrations, can contribute to the prevention of metabolic changes that are common after menopause.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/3754
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