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Título: Desenvolvimento e caracterização de nanopartículas poliméricas destinadas ao tratamento da toxoplasmose ocular.
Autor(es): Carmo, Daiane Resende do
Orientador(es): Silva, Gisele Rodrigues da
Membros da banca: Silva, Gisele Rodrigues da
Almeida, Tamires Cunha
Teixeira, Aniely dos Reis
Palavras-chave: Toxoplasmose ocular
Sulfametoxazol
Trimetoprima
Nanopartículas
Data do documento: 2021
Referência: CARMO, Daiane Resende do. Desenvolvimento e caracterização de nanopartículas poliméricas destinadas ao tratamento da toxoplasmose ocular. 2021. 53 f. Monografia (Graduação em Farmácia) - Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2021.
Resumo: A toxoplasmose ocular é uma doença causada pelo Toxoplasma gondii. A infecção ocular deve ser tratada por meio de um esquema terapêutico complexo. Dessa forma, é necessário a compreensão da história natural da doença ocular e dos desafios quanto ao tratamento para que se possa garantir a completa cicatrização da lesão, reduzir efeitos adversos sistêmicos e reduzir a taxa de recorrência da doença. A fim de contornar estes problemas, sistemas de liberação de fármacos têm sido desenvolvidos como alternativas terapêuticas ao tratamento da toxoplasmose ocular. Neste trabalho, nanopartículas constituídas de poli(ɛ-caprolactona) e sulfametoxazol e trimetoprima foram desenvolvidas com o intuito de liberar estes fármacos diretamente no olho, em concentrações que estejam dentro da faixa terapêutica, ultrapassando as barreiras oculares e tratando as lesões provocadas pelo T. gondii. As nanopartículas foram desenvolvidas pelo método de nanoprecipitação, sendo utilizado o delineamento fatorial 2³ com réplicas no ponto central para determinar as nanopartículas que apresentam as melhores propriedades físico-químicas. Estes sistemas poliméricos foram caracterizados por meio da análise de tamanho, índice de polidispersão (IP) e potencial zeta (PZ). Determinou-se a eficiência de encapsulação (EE) dos fármacos, sendo esta superior a 87%. Selecionou-se a formulação que apresentou diâmetro de 209 nm, IP de 0,227, PZ de -29,1 mV e EE de 91,45% para sulfametoxazol e 96,26% para trimetoprima; e, a formulação que apresentou diâmetro de 233,3 nm, IP de 0,185, PZ de -31,0 mV e EE de 96,05% e 97,46% para sulfametoxazol e trimetoprima, respectivamente. Estas nanopartículas apresentaram diâmetro compatível à aplicação intraocular e IP que indica a homogeneidade do diâmetro. Adicionalmente, o PZ próximo a -30 mV demonstra a estabilidade das formulações. Os resultados da EE superiores a 87% indicam a alta eficiência do método em encapsular os fármacos. Realizou-se o estudo de biocompatibilidade in vitro por meio dos ensaios de citotoxicidade e proliferação de células humanas epiteliais pigmentares da retina (células ARPE-19). Determinou-se que as nanopartículas poliméricas não foram citotóxicas às células, pois as mesmas mostraram-se viáveis. Além disso, as células ARPE-19 proliferaram em direto contato com as nanopartículas quando comparada à proliferação das células do controle, em contato apenas com o meio de incubação. Por fim, as nanopartículas poliméricas constituídas de sulfametoxazol e trimetoprima representam uma alternativa terapêutica promissora para o tratamento localizado da toxoplasmose ocular.
Resumo em outra língua: Ocular toxoplasmosis is a disease caused by Toxoplasma gondii. The eye infection must be treated through a complex therapeutic regimen. Thus, it is necessary to understand the natural history of the eye disease and the challenges regarding treatment in order to ensure complete healing of the lesion, reduce systemic adverse effects and reduce the disease recurrence rate. In order to overcome these problems, drug delivery systems have been developed as therapeutic alternatives to the treatment of ocular toxoplasmosis. In this work, nanoparticles consisting of poly(ɛ-caprolactone) and sulfamethoxazole and trimethoprim were developed with the aim of releasing these drugs directly into the eye, in concentrations that are within the therapeutic range, overcoming ocular barriers and treating lesions caused by T. gondii. The nanoparticles were developed using the nanoprecipitation method, using a 2³ factorial design with replicates at the central point to determine the nanoparticles that have the best physicochemical properties. These polymeric systems were characterized through the analysis of size, polydispersion index (PI) and zeta potential (PZ). The encapsulation efficiency (EE) of the drugs was determined, which was higher than 87%. The formulation that presented a diameter of 209 nm, IP of 0.227, PZ of -29.1 mV and EE of 91.45% for sulfamethoxazole and 96.26% for trimethoprim was selected; and the formulation that presented a diameter of 233.3 nm, IP of 0.185, PZ of -31.0 mV and EE of 96.05% and 97.46% for sulfamethoxazole and trimethoprim, respectively. These nanoparticles had a diameter compatible with the intraocular application and PI which indicates the homogeneity of the diameter. Additionally, the PZ close to -30 mV demonstrates the stability of the formulations. EE results above 87% indicate the high efficiency of the method in encapsulating drugs. The in vitro biocompatibility study was carried out through cytotoxicity and proliferation assays of human retinal pigment epithelial cells (ARPE-19 cells). It was determined that the polymeric nanoparticles were not cytotoxic to the cells, as they proved to be viable. Furthermore, ARPE-19 cells proliferated in direct contact with the nanoparticles when compared to the proliferation of control cells, in contact only with the incubation medium. Finally, polymeric nanoparticles consisting of sulfamethoxazole and trimethoprim represent a promising therapeutic alternative for the localized treatment of ocular toxoplasmosis.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/3453
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