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Título: Petrogênese de granitoides pré- a sin-colisionais da porção setentrional do Orógeno Araçuaí.
Autor(es): Silva, Carolina Imaculada Ribeiro
Orientador(es): Gonçalves, Leonardo Eustáquio da Silva
Gonçalves, Cristiane Castro
Membros da banca: Gonçalves, Leonardo Eustáquio da Silva
Nalini Júnior, Hermínio Arias
Serrano, Paula Mendes
Palavras-chave: Petrologia
Geoquímica
Granito
Mineralogia
Data do documento: 2021
Referência: SILVA, Carolina. Petrogênese de granitoides pré- a sin-colisionais da porção setentrional do Orógeno Araçuaí. 2021. 84 f. Monografia (Graduação em Engenharia Geológica) - Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2021.
Resumo: O Orógeno Araçuaí-Congo localiza-se a leste do Cráton São Francisco e foi gerado durante a fase colisional do Ciclo Brasiliano-Panafricano, do Neoproterozoico ao início do Paleozoico, cujos estágios evolutivos foram acompanhados da geração de grande volume de rochas graníticas, hoje expostas no núcleo de alto grau de sua contraparte brasileira, o Orógeno Araçuaí. Na porção setentrional do núcleo cristalino do Orógeno, na região entre Téofilo Otoni e Rio do Prado, MG, afloram plutons como o Carlos Chagas (CC), Wolff (W), Caraí (C), Rancho Alegre (RA), Bom Jesus da Vitória (BJV), Pedro do Sino (PS) e Topázio (T). Foram identificadas três litofácies a partir da descrição petrográfica dos granitoides: Tonalítica, granodiorítica e monzogranítica-sienogranítica. Os tonalitos são representados pelo plutons BJV e RA (porção norte) sendo a mineralogia principal composta por quartzo (Qz) (28-32%), plagioclásio (Pl) (28-39%), biotita (Bt) (18-24%), clinopiroxênio (6-12%), hornblenda (5-9%) e de fases acessórias apatita, titanita, zircão, allanita e pirita. A fácies granodiorítica é representada pelos plutons RA e PS (porção central e norte) e a mineralogia essencial compõe-se de Qz (32-36%), Pl [andesina] (33-45%), Bt (5-24%), microclíneo (10-18%), granada (6-7%) e, subordinadamente, ortopiroxênio [ferrosilita]. A fácies monzogranítica a sienogranítica é representada pelos plutons CC, W, C, RA e T (porção central) e foram identificadas três assembleias mineralógicas principais. Na primeira, os minerais essenciais são Qz (22-49%) + Pl (13-37%) + microclíneo (13-33%) (Mc) + Bt (5-16%) + granada (6-8%) (Grt) e as fases acessórias ilmenita (Ilm) ± silimanita (Sil) ± hercinita (Hc) ± rutilo (Rt) ± cordierita (Cd) ± apatita ± zircão ± monazita. Na assembleia 2 os minerais essenciais compõem-se de Qz (25-48%) + Pl (andesina e oligoclásio) (20-37%) + Mc (microclíneo) (13-33%) + Bt (8-22%) ± apatita ± monazita ± granada ± zircão. Por fim, a terceira é composta por Qz (26-28%), Pl (35-37%), Mc (21-22%), Bt (10-13%), Cd (5-8%), sendo os minerais acessórios monazita, apatita, zircão, Ilm, pirita e muscovita. Dentre as principais texturas identificadas nas três litofácies estão feições de migmatização e deformação no quartzo e plagioclásio. Nos monzogranitos W e CC foram identificadas duas gerações de granadas peritéticas indicativas de dois picos metamórficos, feições estas semelhantes àquelas descritas na literatura para o batólito CC da porção central do orógeno: uma granada (Grt1) poiquiloblástica (0,8 – 1,2 mm), indício da reação peritética Bt+Qz+Pl = Grt1 + melt; E uma segunda geração (Grt2), poiquiloblástica com indícios da reação peritética Bt+Pl+Sil+Qz = Grt2 + melt. Quimicamente, as rochas estudadas tem caráter peraluminoso, assinatura similar à de uma série de médio a alto-K, teores de SiO2 entre 60,9-65,09%, 67,01-72,02% e 67,6-74,78% erazões (La/Yb)N, 11,27-22,26; 29,15-46; 5,31-289,15, para as fácies Tonalítica, granodiorítica e monzogranítica a sienogranítica, respectivamente. Anomalias negativas de Eu (Eu/Eu*) (0,18 a 0,8) e A/CNK entre 1,03 e 1,18, caracterizam interface entre granitoides tipo-I/S (híbridos). Assim, infere-se que os granitoides da porção setentrional do orógeno foram formados a partir da cristalização de magmas, com contribuições ígneas e sedimentares, sendo que as feições texturais do CC estudados são similares àquelas exibidas pelos plutons de mesmo nome da porção central. Tal fato sugere que os eventos e condições metamórficas definidas na parte central possam se estender para a região setentrional. Os resultados geoquímicos mostram um trend semelhante ao de rochas derivadas de fusão parcial de grauvacas (fonte crustal), com participação secundária de fusão parcial de anfibolitos (fonte mantélica).
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/3436
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