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Título: Transversalidade de gênero e o trabalho do assistente social no acolhimento das mulheres em situação de violência doméstica.
Autor(es): Monteiro, Marina Azevedo
Orientador(es): Lopes, Jussara de Cássia Soares
Azevedo, André Freire
Membros da banca: Lopes, Jussara de Cássia Soares
Azevedo, André Freire
Souza, Carina de
Carrara, Virgínia Alves
Palavras-chave: Assistência social
Patriarcado - Brasil
Violência contra a mulher
Estudo de gênero
Data do documento: 2021
Referência: MONTEIRO, Marina Azevedo. Transversalidade de gênero e o trabalho do assistente social no acolhimento das mulheres em situação de violência doméstica. 2021. 58 f. Monografia (Graduação em Serviço Social) - Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2021.
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo compreender o conceito de Transversalidade de Gênero enquanto suporte teórico-metodológico para a prática do assistente social no que se refere ao acolhimento de mulheres em situação de violência doméstica voltado a uma perspectiva de gênero, o que se opõe a acolhimentos familistas. Esta pesquisa foi desenvolvida em meio ao cenário pandêmico provocado pela COVID-19, uma vez que, devido ao isolamento da população, os números de denúncia de violência doméstica contra a mulher e intrafamiliar aumentou na sociedade brasileira. Por isso, e por se tratar de uma questão social gravíssima de violência contra os direitos humanos das mulheres que se manifesta em qualquer parte do mundo, independentemente de cor, etnia e idade de agressores e vítimas, é que estudos acerca desse tema se tornam tão necessários. Assistente sociais, por serem alguns dos primeiros profissionais a acolher a vítima e trabalhar em seu empoderamento como mulher e indivíduo de direitos, devem se atualizar profissionalmente e prestar um serviço emancipatório para que as mulheres tenham seu direito protegido pelo Estado. Para tratar dessa temática a partir de uma perspectiva qualitativa, neste estudo, são abordados, primeiramente, conceitos como gênero, patriarcado e transversalidade, para, na sequência, serem discutidas a questão da violência doméstica e a Lei Maria da Penha. Algumas questões foram levantadas: será que os assistentes sociais têm uma perspectiva de gênero em seu acolhimento de mulheres em situação de violência doméstica? Quanto mais o profissional souber sobre transversalidade de gênero, perspectiva de gênero e patriarcado maior será o acolhimento por parte do assistente social em uma perspectiva de gênero? Será que na formação dos profissionais da assistência social ensinou sobre gênero, raça/etnia? Afinal, o que os assistentes sociais acham dos seus colegas de trabalho? São capacitados? Para coleta de dados, e para tentar responder tais perguntas, foi aplicado um questionário através do Google Forms para assistentes sociais que trabalham ou já trabalharam com mulheres em situação de violência doméstica. Pode-se dizer que os assistentes sociais, mesmo que uma pequena parcela, praticam um acolhimento familista e, quanto maior for a combinação dos indicadores da escala Likert, melhor foi a média de respostas para um acolhimento com perspectiva de gênero. Um dos pontos que chama a atenção é que a maioria dos assistentes sociais apontaram que vários profissionais não apresentam qualidade no atendimento para o enfrentamento da violência doméstica e que quase a metade não teve nenhuma matéria de gênero, raça/etnia durante seus estudos universitários.
Resumo em outra língua: This paper aimed to understand the concept of Gender Transversality as a theoretical-methodological support for the social worker’s practice towards the reception of women in situations of domestic violence focusing on a gender perspective approach, which is opposed to familyist reception. This study was developed during the pandemic scenario caused by COVID-19, in which, due to the isolation of the population, the number of reports of domestic and intra-family violence has increased in Brazilian society. Therefore, this situation enhances an already profoundly serious social issue of violence against women's human rights, that manifests itself in any part of the world, regardless of the color, ethnicity and age of aggressors and victims. It is such context that makes studies on this topic become extremely necessary. Social workers, since they are some of the first professionals to receive the victim and work on their empowerment as a woman and individual with rights, they must professionally update themselves and provide an emancipatory service so that women have their rights protected by the State. To address this issue from a qualitative perspective, this paper firstly focusses on concepts such as gender, patriarchy, and transversality, and then discuss the issue of domestic violence and the Maria da Penha Law. Some questions were raised: do social workers have a gender perspective in their reception of women in situation of domestic violence? The greater the knowledge of the professional about gender transversality, gender perspective and patriarchy, greater will be the application of these concepts by the social worker in their reception of the victim? Were they taught in their graduation course about gender, race/ethnicity in their training to become a social assistance professional? After all, what do social workers think of their coworkers? Are they capable? To collect this information, and try to answer these questions, a questionnaire was applied through Google Forms to social workers who work or have worked with women in situations of domestic violence. It can be concluded that social workers, even if a small portion of them, do practice a familyist reception, and higher the combination of the indicators’ value of the Likert scale, better the understanding of the professional of a reception with gender perspective. One of the points that stands out is that most social workers pointed out that many professionals do not have quality care to deal with domestic violence and almost half had no course on gender, race/ethnicity during their university studies.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/3248
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