Formulações para administração parenteral de aciclovir no tratamento da meningoencefalite herpética.

Abstract

As infecções virais podem acometer o sistema nervoso central (SNC), levando a um quadro de meningoencefalite herpética, que pode causar diferentes manifestações clínicas. Alguns patógenos virais estão relacionados com as manifestações neurológicas das meningoencefalites virais, porém aqueles mais comumente encontrados são herpes simples tipo 1 (HSV-1), herpes simples tipo 2 (HSV-2), enterovírus (ENV), citomegalovírus (CMV) e varicela-zoster (VZV). Este trabalho visa realizar uma revisão bibliográfica do tipo narrativa sobre as formulações do aciclovir para o tratamento da meningoencefalte herpetica, dando ênfase para aos medicamentos disponíveis para este fim, e também incluindo aspectos relativos ao diagnóstico e às manifestações clínicas da infecção. Para isso, elaborou-se esta revisão, a partir de pesquisas em bancos de dados, buscando artigos nas seguintes plataformas: Pubmed, Periódicos Capes, Science Direct, e Lilacs. Os descritores de busca usados foram: meningoencefalte herpética, encefalite viral, aciclovir intravenoso. Foram utilizados sessenta artigos. A partir do levantamento realizado, constatou-se que o diagnóstico das meningoencefalites virais deve ser preciso e o mais precoce possível, sendo realizado por meio de achados clínicos, análise do líquido cefalorraquidiano, eletroencefalograma e exames de imagem. Para o tratamento, o aciclovir é o fármaco de primeira escolha e deve ser administrado em altas doses por infusão intravenosa, geralmente de 14 a 21 dias. O benefício do tratamento com esteroides adjuvantes ainda é controverso. Mais investigações ainda são necessárias para desenvolver novos tratamentos mais eficazes e por vias menos invasivas.