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Título: Canteiros populares : uma análise da Ocupação 9 de Julho.
Autor(es): Soares, Marcela Nicolas Sá
Orientador(es): Assis, Ana Paula Silva de
Membros da banca: Assis, Ana Paula Silva de
Colosso, Paolo
Bueno, Fernanda Alves de Brito
Palavras-chave: Canteiro de obra
Ocupação urbana
Luta por moradia
Movimento popular
Direito à cidade
Data do documento: 2020
Referência: SOARES, Marcela Nicolas Sá. Canteiros populares: uma análise da Ocupação 9 de Julho. 2020. 75 f. Monografia (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) - Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2020.
Resumo: Neste trabalho buscamos compreender a realidade da produção do espaço nas cidades a partir do canteiro de obras. De um lado, na perspectiva hegemônica da cidade construída, o canteiro se confunde com a exploração do trabalhador e com seu distanciamento do desenho e do projeto arquitetônico. Do outro lado, numa perspectiva contra-hegemônica, outra lógica de canteiro de obras que pode vir a ser construída na luta por moradia a partir da organização popular e do trabalho coletivo, e articulado com o que chamaremos de “arquitetura militante”. Para tanto, o palco deste trabalho é a atuação dos movimentos populares na construção das cidades contra-hegemônicas, em especial, a Ocupação 9 de Julho, no centro da cidade de São Paulo - que é considerada um marco para a história da luta urbana e para a história do direito à cidade no Brasil. A partir do método cartográfico popular, das vozes de quem luta e ocupa o próprio território, buscaremos construir uma síntese, então, do que estamos chamando de Canteiros Populares. Tal ideia vai ao encontro do que o arquiteto brasileiro Sérgio Ferro chamou de “bolsões de liberdade participativa no meio da não-liberdade”. Ademais, partir da articulação da Comunicação Popular em conjunto com a Arquitetura e o Urbanismo, este trabalho se apresenta em torno de produções de propaganda estético-políticas - no formato de revista, uma edição especial cartografada e podcasts – que se colocam para desestabilizar hegemonias a partir da disputa de narrativas e da própria cidade.
Resumo em outra língua: In this work we seek to understand the reality of the production of space in cities from the construction site. On one hand, in the hegemonic perspective of the built city, the construction site is confused with the exploitation of the worker and with his distance from the design and architectural project. On the other side, in a counter-hegemonic perspective, another logic of the construction site that can be built in the fight for housing from the popular organization and collective work, and articulated with what we will call "militant architecture". For this reason, the stage of this work is the performance of popular movements in the construction of counter-hegemonic cities, especially the 9 de Julho Occupation, in the center of the city of São Paulo - which is considered a milestone in the history of urban struggle and the history of the right to the city in Brazil. From the popular cartographic method, from the voices of those who fight and occupy their own territory, we will seek to build a synthesis, then, of what we are calling Popular Landmarks. This idea is in line with what the Brazilian architect Sérgio Ferro called "pockets of participatory freedom in the midst of non-freedom". In addition, based on the articulation of Popular Communication in conjunction with Architecture and Urbanism, this work is presented around aesthetic-political propaganda productions - in the form of a magazine, a special mapped edition and podcasts - that are placed to destabilize hegemonies from the dispute over narratives and the city itself.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/2841
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