Comparação entre o método FST-7 e o método tradicional de treinamento de força sobre a percepção subjetiva do esforço e o volume máximo de exercício até a fadiga.

Abstract

O treinador Hany Rambod propôs o método de treinamento de força (TF) FST-7 (Fáscia Stretching Training - 7), com interesse de induzir maior estresse metabólico no músculo exercitado. No entanto, não existem estudos que avaliaram os efeitos agudos do FST-7 na produção de volume máximo (VM) e percepção subjetiva de esforço (PSE). Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito agudo do FST-7 na PSE e no VM. Participaram do estudo doze voluntários sem experiência no TF 21,8 ± 2,4 anos e massa corporal de 73,6 ± 10,0 kg. Os voluntários foram submetidos a três situações experimentais randomizadas no exercício rosca direta com barra reta; i) Controle (n = 12), ii) FST-7 (n = 12) e iii) Tradicional (n = 12). A situação tradicional consistiu em realizar sete séries com o número máximo de repetições a 70% de uma repetição máxima (1-RM) com 120 segundos de intervalo de recuperação entre as séries. O controle diferiu do tradicional apenas na duração do intervalo de recuperação, sendo 30 segundos. Já a situação FST-7, durante o intervalo de 30 segundos entre as séries, foi realizado alongamento do bíceps braquial (20-25 segundos de estímulo). O VM mostrou-se maior no método tradicional (7717,8 J ± 2814,5 J) vs. controle (5040,3 J ± 2895,7 J) vs. FST-7 (4751,1 J ± 2098,9 J) (P < 0,001) em comparação aos outros dois. Não houve diferença no VM entre os métodos controle (5040,3 J ± 2895,7 J) e FST-7 (4751,1 J ± 2098,9 J) (P = 0,442). E na PSE, houve diferença significativa entre o método controle comparado ao método tradicional (8,3 ± 0,11 vs. 7,72 ± 0,14). Como conclusão, o método FST-7 não induziu alterações no volume total e na percepção subjetiva do esforço na execução de 7 séries no exercício rosca direta.