Uso de antipsicóticos atípicos em um centro de atenção psicossocial.

Abstract

A escolha do objeto para a realização desta pesquisa justifica-se pelo fato de se acreditar ser o mesmo relevante e detentor de uma complexidade desafiadora, posto que, delimitando o perfil do usuário de antipsicóticos, pode-se buscar estratégias específicas para o tratamento, visto que o medicamento gera uma grande influência na vida dos usuários. O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa observacional descritiva, de abordagem quantitativa que se utiliza de um levantamento de dados secundários, a partir de prontuários clínicos de pacientes atendidos no Centro de Atenção Psicossocial de Ouro Preto (CAPS I – OP). Em posterior momento, foram solicitados ao CAPS I - OP os dados quadrimestrais de Janeiro e Agosto de 2016 repassados a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) no ano de 2017 para posterior análise do serviço de acordo com o número de atendimentos, número de internações, números de grupos de família e números de oficinas terapêuticas. Conclui que a maioria dos usuários que utilizaram antipsicóticos atípicos no CAPSI - OP no período analisado eram do sexo feminino, solteiros, com idade média de 42 anos, com ensino médio incompleto, residentes em Ouro Preto, e que foram inseridos no serviço entre 2005 a 2014. O diagnóstico predominante de patologias mentais relacionadas ao CID F20 – F29, correspondente a esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e transtornos delirantes para ambos os sexos, e o principal medicamento utilizado foi a Olanzapina. Com relação ao número de atendimentos, número de internações, grupos de família e oficinas terapêuticas, a equipe multidisciplinar do CAPS I - OP cumpre o seu papel substitutivo aos hospitais psiquiátricos, revelando um efeito positivo do cuidado prestado aos usuários de antipsicóticos atípicos.