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Título: "Meu remédio pra dormir, meu amigo inseparável" : uma abordagem sobre o consumo e a percepção de pacientes sobre o uso crônico de benzodiazepínicos.
Autor(es): Barroso, Anna Karolina Raquel Duarte
Orientador(es): Sebastião, Elza Conceição de Oliveira
Rezende, Cristiane de Paula
Membros da banca: Serpa, Miguel Arcangelo
Pedroso, Luana Amaral
Sól, Núncio Antônio Araújo
Rezende, Cristiane de Paula
Sebastião, Elza Conceição de Oliveira
Palavras-chave: Psicofármacos
Receptores benzodiazepínicos
Ansiolíticos
Medicamentos - consumo
Medicalização
Data do documento: 2018
Referência: BARROSO, Anna Karolina Raquel Duarte. "Meu remédio pra dormir, meu amigo inseparável" : uma abordagem sobre o consumo e a percepção de pacientes sobre o uso crônico de benzodiazepínicos. 2018. 67 f. Monografia (Graduação em Farmácia) - Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, Minas Gerais, 2018.
Resumo: A elevada utilização de benzodiazepínicos (BZD’s), principalmente para o tratamento de insônia e ansiedade, incita a necessidade de investigar este consumo através da análise de relatos de pacientes que fazem o uso crônico. Foi feito o levantamento de consumo de BZD em Ouro Preto e Mariana por meio de um estudo transversal, com abordagem quali-quantitativa para conhecer a percepção de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre o uso desses psicofármacos, após aprovação por Comitê de Ética. Os dados quantitativos dos anos de 2016 e 2017 resultaram nos cálculos da média estimada da Dose Diária Definida (DDD), por habitante, para o clonazepam e o diazepam. A pesquisa de percepção foi de metodologia qualitativa, executada no mês de julho de 2018, por meio de entrevistas semiestruturadas com usuários aleatórios que chegavam à farmácia central da sede de Ouro Preto. Constatou-se que o clonazepam de 2,0 mg é o BZD mais consumido dentre os disponíveis pela REMUME dos municípios. A média estimada da DDD dos medicamentos, respectivamente, para os anos de 2016 e 2017 foram para Ouro Preto: clonazepam (167,2) e diazepam (33,0) e para Mariana: clonazepam (267,7) e diazepam (36,45). A análise das entrevistas permitiu observar alguns fatores que determinam o uso dos ansiolíticos, como: fuga da realidade, traumas, fácil aquisição do medicamento e a busca por um estado de bem-estar ou de anestesia emocional. Pela interpretação das falas, foi possível também compreender que os participantes entendem que as consequências do uso prolongado destes medicamentos podem trazer maiores complicações, principalmente a dependência ou, como referido, ‘vício’ por esses medicamentos. Dessas entrevistas, notou-se a necessidade de produção de um folder de caráter informativo sobre precauções com o uso de ansiolíticos e uma cartilha educativa ilustrada com foco no autocuidado. Neste contexto, é notável que o farmacêutico desempenha um papel imprescindível para a promoção do uso racional dos BZD, por ser o profissional capacitado e responsável por intermediar a relação medicamento-paciente. Visando a promoção da saúde e uso correto de psicofármacos, o farmacêutico pode elaborar medidas educativas informando ao paciente sobre a sua condição e sobre os medicamentos que ele faz uso. Essas atitudes, além de estimularem o autocuidado, podem diminuir as consequências que o uso irracional de medicamentos gera para o sistema da saúde e para o paciente. Pretende-se aplicar as propostas desenvolvidas neste trabalho nos municípios onde foi realizada a pesquisa.
Resumo em outra língua: The high use of benzodiazepines (BZD's), mainly for the treatment of insomnia and anxiety, there is a need to investigate this consumption through the analysis of interviews with chronic users. A BZD survey was conducted in Ouro Preto and Mariana and a cross-sectional study was conducted with a quali-quantitative approach to know the perception of patients from the Sistema Único de Saúde (SUS) about the use of these psychoactive drugs, after approval by the Ethics Committee. The quantitative data from 2016 and 2017 resulted in calculations of the estimated Defined Daily Dose (DDD) per capita for clonazepam and diazepam. The perceptual research was a qualitative methodology executed in July 2018, through semi-structured interviews with random users who arrived at Ouro Preto's Central Pharmacy. It was found that clonazepam 2.0 mg is the most consumed BZD among those available by REMUME. The estimated median DDD of these drugs in 2016 and 2017 were for Ouro Preto: clonazepam (167.2) and diazepam (33.0) and for Mariana: clonazepam (267.7) and diazepam (36, 45). The analysis of the interviews allowed us to observe some determinant factors about the use of anxiolytics such as: escape from reality, traumas, easy acquisition of the medication and the search for a state of well-being or emotional anesthesia. By interpreting the speeches, it was also possible to know that the participants understand that the consequences of prolonged use of these drugs can bring greater complications, mainly dependence or, as referred to, 'addiction' for these drugs. From these interviews, it was noted the need to produce an informative folder about precautions with the use of anxiolytics and an educational booklet illustrated with focusing on self-care. In this context, it is notable that the pharmacist plays an essential role in promoting the rational use of the BZD, since it is the professional trained and responsible for mediating the drug-patient relationship. Aiming the health promotion and the correct use of psychoactive drugs, the pharmacist can design educational measures informing the patient about his condition and the medications he uses. These attitudes, in addition to stimulating self-care, can minimize the consequences that the irrational use of medicines generates for the health system and for the patient. It is intended to apply the proposals developed in this work in the cities where the research was carried out.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/1523
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